quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Histologicamente falando de Hemograma.


Pessoal, esse vídeo mostra como é feito e a importância do hemograma, exame esse que serve para informarmos como anda nosso sangue, se temos algum tipo de doença, e se temos em que nível ela está para que os médicos posam fornecer o tratamento adequado. O exame hematológico ou exame histológico ou ainda o exame bioquímico do sangue pode salvar vidas e é importante fazermos no mínimo uma vez por ano e não só quando não estamos nos sentindo bem, pois um mal estar forte pode ser sintoma de alguma doença.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ExjB2hHsPgs
Visitado em 31/102013 às 20:00h

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Alteração histógica em cães portadores de leishmaniose.


Introdução

As leishmanioses representam um complexo de zoonoses que acometem o homem quando ele entra em contato com o ciclo de transmissão do parasito (Brasil, 2006). São classificadas entre as doenças mais relevantes e emergentes em todo mundo, e o Brasil está entre os países da América Latina que apresenta maior número de casos humanos, cerca de 90% dos casos anuais registrados (Monteiro et al., 2005).

Embora o homem também possa atuar como reservatório do agente e tenha participação no ciclo de transmissão, o cão é considerado um dos elos mais importantes na cadeia epidemiológica da leishmaniose visceral (LV) (Ribeiro, 2007). A LV é transmitida através da picada de insetos denominados flebotomíneos, principalmente as espécies Lutzomyia longipalpis e L. cruzi, que veiculam as formas promastigotas infectantes.

 O principal agente etiológico da LV no Brasil é a Leishmania (Leishmania) chagasi (Brasil, 2006, Camargo-Neves et al., 2006).

A patogenia da leishmaniose visceral canina (LVC) envolve vários fatores, e um fator decisivo na evolução da doença está associado à resposta imunológica que o animal desenvolve contra o parasito (Engwerda et al., 2004, Sanchez et al., 2004, Miranda et al., 2007). A resposta imunológica do tipo celular tem sido associada à proteção e cura (Barbieri, 2006), enquanto que a resposta imunológica do tipo humoral, mediada por anticorpos (Reis et al., 2006) vem sendo associada a processos inflamatórios que provocam danos teciduais que repercutem em sinais clínicos associados à LVC (Ciaramella et al., 1997, Ciaramella e Corona, 2003, Trotz-Williams e Gradoni, 2003).

A infecção pode se apresentar de forma clínica, em que cães apresentam sinais clínicos e/ou alterações clínico-patológicas características com confirmação de Leishmania chagasi, ou subclínica, em que cães não apresentam alterações clínicopatológicas, mas têm a presença de L. chagasi confirmada por testes diagnósticos (Solano-Gallego et al., 2009). Apesar de a LVC ser caracterizada como uma severa doença sistêmica, poucos estudos foram realizados descrevendo as principais alterações histopatológicas encontradas nos diversos órgãos do hospedeiro afetado pelo parasito (Giunchetti et al., 2008). Portanto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar as alterações histológicas do baço, fígado, linfonodo e pele, de cães naturalmente infectados nas diferentes formas
clínicas da leishmaniose visceral canina.

 

Material e Métodos

Animais

Foram utilizados cães (n=85) adultos, de idade e peso variados e sem raças definidas. Os cães eram provenientes do Centro de Controle de Zoonoses de Fortaleza

(CCZ). Este trabalho foi aprovado previamente pelo Comitê de Ética para Uso de

Animais da Universidade Estadual do Ceará (CEUA/UECE), protocolo SPU n°

08622833-1.

 

Avaliação Histológica

 

As mais frequentes alterações histológicas esplênicas encontradas foram: espessamento de cápsula (10%) e hipoplasia de polpa vermelha e polpa branca, de caráter discreto (40%) moderada hipertrofia de polpa vermelha e polpa branca (20%) e intensa congestão (30%) no grupo CS (Tabela 1). No grupo CC, também foi observado discreto espessamento de cápsula (4,4%) e hipertrofia de polpa vermelha e polpa branca (13,2%); moderada hipoplasia de polpa vermelha e polpa branca (51,5%) e fibrose subcapsular (2,9%), além de congestão intensa (19,1%). Em CN observou-se discreta congestão (85,7%). No fígado foi observado infiltrado inflamatório histiolinfocitário peri-portal (40%), hipertrofia/hiperplasia de células de Küpffer (40%) , congestão (50%) moderados , além de espessamento de cápsula (40%) e granulomas intralobulares (20%) discretos (Figura 3d), no grupo CS. Com relação ao grupo CC, observou-se infiltrado inflamatório peri-portal (33,8%), espessamento de cápsula (10,3%), hipertrofia/hiperplasia de células de Küpffer (48,5%), congestão (33,8%) e granulomas intralobulares (10,3%), todos com o caráter moderado. Em CN verificou-se um discreto infiltrado inflamatório peri-portal (14,3%), hipertrofia/hiperplasia de células de Küpffer (42,8%) e congestão (28,6%). No linfonodo poplíteo, o grupo CS apresentou como principais alterações, inflamação capsular (40%) , congestão (40%), hemossiderose

(40%) e hipertrofia/hiperplasia de nódulos linfáticos (40%) discretas, hipertrofia/hiperplasia de cortical (40%) e hipertrofia/hiperplasia de medular (60%) moderadas. Já no grupo CC, as principais alterações foram: inflamação capsular (41,2%), congestão (32,3%), hemossiderose (33,8%) e hipertrofia/hiperplasia de nódulos linfáticos (45,6%) também de forma discreta, hipertrofia/hiperplasia de cortical (50%) e hipertrofia/hiperplasia de medular (33,8%) com caráter moderado. No grupo CN foi observada inflamação capsular (57,2%), hipertrofia/hiperplasia de cortical (28,6%), congestão (28,6%) e hemossiderose (42,8%), todos com caráter discreto.

Na pele foi observado infiltrado inflamatório linfocitário moderado em CS

(40%) e discreto em CC (35,3%). Vale ressaltar que, 32,4% dos cães pertencentes à CC apresentaram infiltrado inflamatório de caráter intenso. Outros achados também foram visualizados, como a presença de discreta congestão extravascular (40% e 29,4%), angiogênese (20% e 14,7%) e edema (10% e11,8%) em CS e CC, respectivamente. Em CN foi observado discreto infiltrado inflamatório em 14,3% dos cães.

 

Referências bibliográficas disponíveis em:


Visitado em: 28/10/2013 às 21:00h

 *Pessoal esse conteudo é sobre alteração histológica em cães portadores de leishmaniose e não alteraçoes histólogicas em doenças hematológicas, pois eu não encontrei até agora conteúdo especifico, mas esse conteudo é bem interresante e fala sobre alterações histológicas após doença, espero a conpreenção de vocês. E principalmente a do Wagner!
 
Oi Pessoal!

Esse foi um ressumo, a respeito de uma Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias da Faculdade de Veterinária da Universidade Estadual do Ceará, como requisito parcial para a obtenção do título de Doutor em Ciências Veterinárias. Feito pelo JOSÉ CLAUDIO CARNEIRO DE FREITAS.

Esse tralho é sobre a leishmaniose visceral canina (LVC) que  é uma doença infecciosa crônica causada por protozoários pertencentes ao gênero Leishmania e o cão doméstico é apontado como principal hospedeiro reservatório e responsável pela manutenção da cadeia epidemiológica da doença.Um dos objetivos desse trabalho foi Avaliar as alterações histológicas do baço, fígado, linfonodo e pele, nas diferentes formas clínicas de cães naturalmente infectados por Leishmania chagasi.

Espero que gostem, ai vai o link para que vocês possam visualizar o trabalho na integra.

O hemograma como ele realmente é.


Oi pessoal!

Vocês sabiam que o hemograma, mais conhecido como “exame de sangue” é uma forma histológica de saber se temos algumas doenças, principalmente hematológicas? Bom, vou mostra pra vocês histologicamente falando, o paço-a-paço de um hemograma, afinal de contas esse exame é uma das principais maneiras com que os médicos chegam ao diagnóstico positivo ou negativo das doenças hematológicas, como as anemias, Icterícia (cor amarela nos olhos), Doença Falciforme, Talassemia, as leucemias, e os tumores de células sanguíneas, como o linfoma e o mieloma múltiplo, e muitas outras.
 

O hemograma :


O hemograma é um dos exames mais empregados para um diagnóstico medico e o mais realizado em uma rotina laboratorial. Com o objetivo de analisar as células sanguíneas de um paciente, ele também avalia as variações quantitativas, qualitativas e morfológicas dos elementos figurados do sangue. Este exame é requerido para diagnosticar ou controlar a evolução de uma doença como anemia e infecções de diversos tipos. É de extrema importância a sua correta interpretação.

Há três tipos de células circulantes no sangue, todas produzidas na medula óssea: Hemácias (glóbulos vermelhos), Leucócitos (glóbulos brancos) e Plaquetas (ou trombócitos).

A primeira parte do Hemograma é a série vermelha - Eritrograma - onde são avaliados os números de hemácias e a concentração de hemoglobina. Geralmente os resultados a serem avaliados são:

  • Hemácias: São os glóbulos vermelhos, os valores normais variam de acordo com o sexo e com a idade: valores normais: Homem de 5.000.000 - 5.500.000, Mulher de 4.500.000 - 5.000.000. Valores baixos de hemácias podem indicar um caso de anemia normocítica (as hemácias tem tamanho normal, mas existe pouca produção dessas células), valores altos são chamados de eritrocitose e podem indicar policitemia (oposto da amenia, pode aumentar a espessura do sangue, reduzindo a sua velocidade de circulação).

  • Hemoglobina: Proteína presente nas hemácias é um pigmento que dá a cor vermelha ao sangue e o responsável pelo transporte de oxigênio no corpo. A hemoglobina baixa causa descoramento do sangue, palidez do paciente, e falta de oxigênio em todos os órgãos. Segundo a Organização Mundial de Saúde é considerado anemia quando uma criança de 6 meses a 6 anos Hb < 11g/dl, crianças de 6 anos a 14 anos uma Hb < 12g/dl e um adulto apresentar Hb < 12,5g/dl.

  • Hematócrito: Porcentagem da massa de hemácia em relação ao volume sanguíneo. Um hematócrito de 45% significa que 45% do sangue é constituído por hemácias, os outros 55% são basicamente água e todas as outras substâncias diluídas. Portanto, pode-se concluir que quase metade do sangue é composto por células vermelhas.

  • VCM (Volume Corpuscular Médio): Responsável por medir o tamanho das hemácias e no diagnóstico da anemia. Se pequenas são consideradas microcíticas (< 80fl, para adultos), se grandes consideradas macrocíticas (> 96fl, para adultos) e se normais, normocíticas (80 - 96fl). Anisocitose é a denominação que se dá quando há alteração no tamanho das hemácias. Esse dado ajuda a diferenciar os vários tipos de anemias, quando microcíticas as anemias mais comuns são a ferropriva e as síndromes talassêmicas. As anemias macrocíticas mais comuns são as anemia megaloblástica e perniciosa, causada por carência de ácido fólico. Alcoolismo é uma causa de VGM aumentado sem anemia.

  • HCM (Hemoglobina Corpuscular Média): É o peso da hemoglobina dentro das hemácias.

  • CHCM (concentração de hemoglobina corpuscular média): É a concentração da hemoglobina dentro de uma hemácia. Pode vir escrito hipocrômica (pouca hemoglobina na hemácia), hipercrômica (quantidade de hemoglobina além do normal).

Os dois últimos valores indicam basicamente a mesma coisa, a quantidade de hemoglobina nas hemácias.

Leucograma

É constituída pelos glóbulos brancos e acontece a avaliação do número de leucócitos, além da diferenciação celular.

  • Leucócitos: É o valor total dos leucócitos no sangue. Valores altos, é chamado leucocitose e indica, principalmente, uma infecção. Quando essa contagem dá mais baixa que o normal (leucopenia) indica depressão da medula óssea, resultado de infecções virais ou de reações tóxicas. Os leucócitos são um grupo de diferentes células com diferentes funções no sistema imune, são divididas em cinco tipos no hemograma e seus valores variam de 4000 a 11000 células por ml.
  • Basófilos: São o tipo menos comum de leucócitos no sangue, em um indivíduo normal, só é encontrado até 1%, além desse valor indica processos alérgicos.

  • Eosinófilos: São os leucócitos responsáveis pelo combate de parasitas e pelo mecanismo de alergia, portanto seu número além do normal indica casos de processos alérgicos ou parasitoses. Quando seu número aumenta é chamado de eosinofilia e quando está reduzido eosinopenia.

  • Linfócitos: São o segundo tipo mais comum de glóbulos brancos, é a célula predominante nas crianças. Em adultos, seu aumento pode ser indício de infecção viral ou, mais raramente, leucemia. Quando temos um processo viral em curso, é comum que o número de linfócitos aumente, são as células que fazem o reconhecimento de organismos estranhos, iniciando o processo de ativação do sistema imune. Os linfócitos são os responsáveis por iniciar a rejeição de um órgão transplantado, mas também é o leucócito atacado pelo vírus HIV.

  • Monócitos: Quando estão aumentados indicam processos virais ou bacterianos. Quando um tecido está sendo invadido por algum germe o sistema imune encaminha os monócitos para o local infectado que se ativa e transforma-se em macrófago, eliminando os micro-organismos invasores. Os valores são alterados também após quimioterapia.

  • Neutrófilos: É o tipo de leucócito mais comum e são especializados no combate as bactérias. É a célula mais encontrada em adultos e o seu aumento pode indicar infecção bacteriana, mas pode estar aumentada em infecções virais.

  • Segmentados ou bastões: São os neutrófilos jovens. Quando estamos infectados, a medula óssea aumenta rapidamente a produção de leucócitos e acaba por lançar na corrente sanguínea neutrófilos jovens recém-produzidos. A infecção deve ser controlada rapidamente, por isso, não há tempo para esperar que essas células fiquem maduras antes de lançá-las ao combate. Normalmente, apenas 4 a 5% dos neutrófilos circulantes são bastões, a presença de maior quantidade de células jovens indica que pode haver um processo infeccioso em curso.

 

Série Plaquetária

 

As plaquetas são as células responsáveis pelo início do processo de coagulação sanguínea. Quando um tecido de qualquer vaso sanguíneo é lesado, o organismo rapidamente encaminha as plaquetas ao local da lesão, que formam uma espécie de tampão para estancar o sangramento. O valor normal varia entre 150000 a 450000 por microlitro de sangue, quando os valores se encontram abaixo das 10000 plaquetas/uL há risco de morte, uma vez que pode acontecer sangramentos espontâneos sem ser contido. A queda brusca do valor das plaquetas pode indicar a dengue hemorrágica.

Disponível em:


Visitado em 29/10/2013

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Tecido conjuntivo propriamente dito


 

O tecido conjuntivo exerce uma grande variedade de funções no organismo. Em função disto, desenvolveram-se vários tipos e subtipos de tecido conjuntivo, todos possuindo as mesmas características básicas: células de origem mesodérmica envolvidas por matriz extracelular de composição complexa.

1- Tecido conjuntivo propriamente dito

É o tipo mais comum de tecido conjuntivo e existe em praticamente todo o corpo. Corresponde à maior parte das descrições de células e matriz extracelulares apresentadas até agora neste módulo. É constituído por células residentes, das quais a predominante é o fibroblasto, além de macrófagos, mastócitos e células mesenquimais. Células transientes em quantidades diferentes são habitantes usuais deste tecido. Sua matriz extracelular é constituída principalmente por colágeno e suas funções mais importantes são:

·          Suporte de epitélios de revestimento e glandulares.

·          Suporte de vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos.

·          Suporte dos componentes do tecido muscular.

·          Preenchimento de espaços no interior de tecidos, entre tecidos e entre órgãos.

·          Proteção e contenção de órgãos formando cápsulas ao seu redor.

·          Contenção e separação de músculos esqueléticos formando as chamadas fascias.

·          União de músculos esqueléticos a ossos constituindo os tendões.

Dependendo da proporção relativa entre células e matriz extracelular, o tecido conjuntivo propriamente dito pode ser classificado em:

Tecido conjuntivo propriamente dito frouxo

Tecido conjuntivo propriamente dito denso que pode ser dos tipos: a) modelado ou b) não modelado

Estes tipos e subtipos serão apresentados no presente módulo

2- Tecido conjuntivo de propriedades especiais

Reune um grupo de subtipos que se caracterizam por arranjos e composições especializadas de sua matriz extracelular:

Tecido mucoso

Tecido elástico

Tecido adiposo.

 Tecido reticular também denominado linfóide ou hemocitopoiético

3- Tecido cartilaginoso

4- Tecido ósseo

5- Sangue- é considerado por muitos autores como sendo um tipo de tecido conjuntivo em que a matriz extracelular é líquida.

Tecido conjuntivo frouxo

O tecido conjuntivo propriamente dito frouxo se caracteriza por possuir:

- muitas células residentes e transientes de diversos tipos, predominando os fibroblastos.

- pouca matriz extracelular, representada principalmente por fibras colágenas delgadas e matriz extracelular fundamental (não-fibrilar)

Devido à falta de uma grande população de fibras colágenas o tecido conjuntivo frouxo não é apropriado para resistir a pressões mecânicas e trações intensas.

 É encontrado em muitos locais do organismo, sendo as suas funções principalmente o suporte de epitélios de revestimento e glandulares e a condução de vasos e nervos.


Tecido conjuntivo frouxo - 2

Os intestinos possuem abaixo do epitélio de revestimento uma camada de tecido conjuntivo frouxo . Este tecido é formado de muitas células e pouca matriz extracelular. No sistema digestivo, respiratório e urinário, este tecido conjuntivo subjacente à mucosa costuma ser também denominado lâmina própria.

 


 

Tecido conjuntivo propriamente dito

Tecido conjuntivo denso não-modelado

Ao contrário do tecido conjuntivo frouxo, o qual é constituído de muitas células com pouca matriz extracelular, o tecido conjuntivo denso possui muita matriz extracelular. Esta matriz é composta principalmente de fibras colágenas de diferentes espessuras. As células residentes são as mesmas encontradas no tecido conjuntivo frouxo, com grande predomínio de fibroblastos e fibrócitos.

Se as fibras de colágeno estão dispostas sem organização, aparentemente desordenadas, o tecido é denominado tecido conjuntivo denso não-modelado, que é o caso das figuras ao lado.

É um tecido muito encontrado no organismo. Devido à orientação diversa de suas fibras colágenas este tecido costuma estar presente em locais sujeitos a pressões mecânicas e trações originadas de várias direções.


       Tecido conjuntivo propriamente dito

Tecido conjuntivo denso modelado - 1

O tecido conjuntivo denso modelado é constituído de uma grande quantidade de matriz extracelular, representada principalmente por espessas fibras de colágeno tipo I e poucas células.

Diferente do tecido conjuntivo denso não-modelado, no tecido denso modelado as fibras colágenas são muito organizadas, geralmente muito espessas e dispostas paralelamente entre si. Entre as fibras há fibroblastos e fibrócitos bastante alongados, dos quais geralmente o componente visível são seus núcleos. Estas células são as responsáveis pela produção e manutenção das fobras colágenas.



Tendões

Um bom exemplo de tecido conjuntivo denso modelado é encontrado nos tendões, estruturas que unem músculos esqueléticos a ossos, realizando, portanto, a inserção dos músculos nos ossos.

As espessas fibras colágenas organizadas paralelamente são responsáveis pela grande resistência dos tendões a trações, comparável à de aço.

As imagens são de um tendão seccionado longitudinalmente. Observam-se espessas fibras colágenas paralelas e entre as fibras há núcleos de fibroblastos e fibrócitos.

Na figura inferior algumas fibras e núcleos de fibrócitos ficam ressaltados ao colocar o cursor sobre a imagem.

Tecido conjuntivo propriamente dito

Tecido conjuntivo denso modelado – 2

 

Vários órgãos são revestidos por uma cápsula que mantém os componentes do órgão unidos e protegidos de pressões mecânicas e do contacto com órgãos vizinhos. É o caso, por exemplo, de glândulas salivares, órgãos presentes na cavidade abdominal como o fígado, baço, adrenal e, além disso, em linfonodos que estão dispersos por todo o corpo, imersos em tecido adiposo ou imersos em tecido conjuntivo propriamente dito.

As cápsulas são constituídas de tecido conjuntivo denso modelado, porém, as fibras colágenas não são tão espessas e nem tão organizadas como nos tendões.

A figura mostra uma cápsula revestindo um linfonodo. Apesar do aumento não muito grande, observa-se que os núcleos dos fibroblastos do tecido da cápsula não são muito delgados e nem enfileirados como no tendão.

 

Tecido conjuntivo propriamente dito

Tecido conjuntivo frouxo vs. tecido conjuntivo denso

A classificação de um tecido conjuntivo propriamente dito em tecido conjuntivo frouxo ou denso nem sempre obedece a critérios totalmente objetivos. Isto por que não há um limite preciso e não há uma definição precisa entre o que seja frouxo e denso.

Há tecidos conjuntivos tipicamente frouxos e tipicamente densos, como estes mostrados anteriormente:

tecido conjuntivo frouxo

tecido conjuntivo denso

Estes são os exemplos extremos de uma gradação entre um tipo e outro, mas deve-se lembrar que entre um e outro há muitos padrões intermediários.

O diagnóstico de um e outro tipo requer um pouco de experiência e, acima de tudo, bom senso.

 

 


Visitado em 24/10/2013 às 14:54h

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Osteoporose, uma doença que afeta o bom funcionamento dos ossos:


 

 

Osteoporose é uma condição metabólica que se caracteriza pela diminuição progressiva da densidade óssea e aumento do risco de fraturas.

Para entender o que acontece, é preciso lembrar que os ossos são compostos de uma matriz na qual se depositam complexos minerais com cálcio. Outra característica importante é que eles estão em constante processo de renovação, já que são formados por células chamadas osteoclastos encarregadas de reabsorver as áreas envelhecidas e por outras, os osteoblastos, cuja função de produzir ossos novos. Esse processo permanente e constante possibilita a reconstituição do osso quando ocorrem fraturas e explica por que a mais ou menos a cada dez anos o esqueleto humano se renova por inteiro.

Com o tempo, porém, a absorção das células velhas aumenta e a de formação de novas células ósseas diminui. O resultado é que os ossos se tornam mais porosos, perdem resistência. Perdas mais leves de massa óssea caracterizam a osteopenia. Perdas maiores são próprias da osteoporose e podem ser responsáveis por fraturas espontâneas ou causadas por pequenos impactos, como um simples espirro ou uma crise de tosse, por exemplo.

Na maioria dos casos, a osteoporose é uma condição relacionada com o envelhecimento. Ela pode manifestar-se em ambos os sexos, mas atinge especialmente as mulheres depois da menopausa por causa da queda na produção do estrógeno.

Causas e fatores de risco

Entre os fatores de risco que podem levar à osteoporose destacam-se:

* história familiar da doença;

* pessoas de pele branca, baixas e magras;

* asiáticos;

* deficiência na produção de hormônios;

* medicamentos à base de cortisona, heparina e no tratamento da epilepsia;

* alimentação deficiente em cálcio e vitamina D;

* baixa exposição à luz solar;

* imobilização e repouso prolongados;

* sedentarismo;

* tabagismo;

* consumo de álcool;

* certos tipos de câncer;

* algumas doenças reumatológicas, endócrinas e hepáticas.

Sintomas

A osteoporose é uma doença de instalação silenciosa. O primeiro sinal pode aparecer quando ela está numa fase mais avançada e costuma ser a fratura espontânea de um osso que ficou poroso e muito fraco, a ponto de não suportar nenhum trauma ou esforço por menor que sejam.

As lesões mais comuns são as fraturas das vértebras por compressão, que levam a problemas de coluna e à diminuição da estatura e as fraturas do colo do fêmur, punho (osso rádio) e costelas. Nas fases em que se manifesta, a dor está diretamente associada ao local em que ocorreu a fratura ou o desgaste ósseo.

Diagnóstico

A densitometria óssea por raios X é um exame não invasivo fundamental para o diagnóstico da osteoporose. Ele possibilita medir a densidade mineral do osso na coluna lombar e no fêmur para compará-la com valores de referência pré-estabelecidos. Os resultados são classificados em três faixas de densidade decrescente: normal, osteopenia e osteoporose.

Prevenção

Como até os 20 anos, 90% do esqueleto humano estão prontos, medidas de prevenção contra a osteoporose devem ser tomadas desde a infância e, especialmente, na adolescência para garantir a formação da maior massa óssea possível. Para tanto, é preciso pôr em prática três medidas básicas: ingerir cálcio, tomar sol para fixar a vitamina D no organismo e fazer exercícios físicos, Na verdade, essas regras devem ser mantidas durante toda a vida.

rincipalmente, a atividade física tem efeito protetor sobre o tônus e a massa muscular, que se reflete na melhora do equilíbrio e ajuda a evitar as quedas ao longo da vida.

Tratamento

Como a osteoporose pode ter diferentes causas, é indispensável determinar o que provocou a condição, antes de propor o tratamento, que deve ter por objetivo evitar fraturas, diminuir a dor, quando existe, e manter a função.

Existem várias classes de medicamentos que podem ser utilizadas de acordo com o quadro de cada paciente. São elas: os hormônios sexuais, os bisfosfanatos, grupo que inclui diversas drogas (o mais comum é o alendronato), os modeladores de receptores de estrogênio e a calcitonina de salmão. A administração subcutânea diária do hormônio das paratireoides está reservada para os casos mais graves de osteoporose, e para os intolerantes aos bisfosfonatos.

Recomendações

Sempre é bom lembrar que:

1) a osteoporose não é problema que atinge só as mulheres. Ela afeta também os homens. Nelas, a causa mais comum é a queda na produção de estrógeno depois da menopausa; neles, o índice da massa corpórea abaixo de 20, a falta ou excesso de exercício, diabetes, hipertireoidismo, doença do glúten, drogas contra a epilepsia ou imunossupressores usados em transplantes de órgão;

2) a dieta diária deve incluir alimentos ricos em cálcio como leite, queijos, iogurtes; o cálcio é um mineral indispensável para garantir a recomposição da estrutura óssea;

3) suplementos de cálcio e vitamina D são recomendados para manter a massa óssea, especialmente nos pacientes cujas dietas são pobres em leite e laticínios, e que apanham pouco sol;

4) caminhar, andar de bicicleta, nadar, correr e, especialmente, exercícios com pesos são fundamentais para manter o tônus muscular e prevenir a osteoporose;

5) os esportes mais indicados para a produção contínua de massa óssea são os que provocam grande tensão muscular. Músculos exercitados e em movimento colaboram para que os ossos fiquem mais fortes e reduzem o risco de quedas e fraturas nas pessoas de idade;

 


Visitado em 23/10/2013 às 16:03h