Biologia é tudo de bom!
sexta-feira, 20 de março de 2015
quinta-feira, 12 de março de 2015
terça-feira, 12 de agosto de 2014
A reportagem da Fernanda Brescia (Do G1 MG) com a família do menino Fabrizzio Castro (4 anos) mostra a importância que a literatura e mídias em libras trás para a o desenvolvimento educacional de crianças surdas e sua interação com seus familiares, hoje o mercado apesar de tímido em produzir mídias e histórias infantis em libras, ainda é bem melhor que ha 20 anos atrás como bem expressa a avó de Fabrizzio (Cláudia Soares) em sua experiencia com sua filha Fernanda Soares (mãe de Fabrizzio) que era estimulada a oralizar e sofria muito pois não conseguia entender e tampouco expressar seus pensamentos.Agora com o bom desempenho de seu neto, Cláudia Soares percebe o quando a libras é importante para os surdos e que quanto mais cedo a criança surda e seus familiares tiverem conhecimento em libras melhor será para sua comunicação e seu aprendizado. É incontestável que a Libras é essencial tanto para surdos e deficientes auditivos quanto para ouvintes, para uma interação plena e sem exclusões. O próximo passo é investimento em cursos e a perfeiçoamentos de principalmente para profissionais que lidam com surdos e investimento em qualidade educacional, com mídias e materiais impressos que favoreçam o aprendizado em libras para surdos e porque não para ouvintes.
Fátima Victor
Fátima Victor
Literatura em Libras Favorece inclusão e
desenvolvimento de crianças surdas e com deficiência auditiva.
Histórias impressas e vídeos em Libras instigam
memória e vocabulário.
Conhecimento da LIBRAS pelos pais é importante para a criança se sentir acolhida.
Conhecimento da LIBRAS pelos pais é importante para a criança se sentir acolhida.
Com quatro
anos, Fabrizzio Castro já sabe ler, escrever e chama a atenção como contador de
histórias. A mãe dele, Fernanda Soares, credita o desenvolvimento ao intenso
contato da criança com literatura. O menino, que é surdo desde o nascimento, é
apaixonado por livros e DVDs infantis e chega a pedir os artigos como presentes
em datas comemorativas ao invés de brinquedos.
"Ele prefere livros a carrinhos", diz Cláudia Soares, avó de Fabrízzio Castro (Foto: Fernanda Brescia/G1)
Histórias em formato impresso ou digital estimulam o
vocabulário e o ganho de habilidades para crianças surdas. As narrativas
traduzidas ou adaptadas para a Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) são
ainda mais indicadas, segundo especialistas. Para a professora e coordenadora
do Núcleo de Libras da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas
Gerais (UFMG), Elideia Bernadino, o contato com a Libras deve ser incentivado
desde cedo. “O quanto antes [a criança] tiver contato com a Libras, melhor pra ela,
porque vai ajudar no desenvolvimento cognitivo e ela vai adquirir uma língua
cedo. O aprendizado da Libras não vai interferir no aprendizado do português”,
afirma.
Ainda segundo a pesquisadora, as expressões corporais e
faciais do intérprete que conta uma história transmitem sentimentos que ajudam
na integração e no desenvolvimento das crianças da comunidade surda. “Vários
surdos falam comigo: ‘português não tem emoção como a Libras’. O texto escrito
é uma coisa fria para uma pessoa que não domina a língua. Na Libras, a criança
sente a emoção narrada”, disse. Fabrizzio, que é filho de surdos, teve contato
com a Libras desde o nascimento. “Desde os primeiros meses, ele já é
sinalizado. Ele falava ‘mamãe’ e ‘papai’ usando sinais. Hoje, ele está
começando a aprender o português”, relatou a avó do menino, Cláudia Soares.
Aos quatro
anos, Fabrízzio, que é filho de surdos, se comunica em Libras e está aprendendo
Português (Foto: Fernanda Brescia/G1)
Mãe e avó de surdos, Cláudia acompanhou a evolução da
literatura deste segmento nas duas últimas décadas. “Antes não se usava Libras,
era tudo oralizado”, disse. Cláudia conta que a filha dela, Fernanda Soares,
sofreu muito quando era criança. “Eu lembro que eu tinha um livro da Branca de
Neve. Eu mostrava, contava do meu jeito em português e ela não entendia nada.
Ela era oralizada, mas não sabia nem Libras, nem português. Ela chorava porque
não compreendia e eu queria que a menina falasse, né”, disse.
Segundo Cláudia, antigamente, a surdez era vista como
doença e os surdos não eram acolhidos como hoje. Ela relatou que tinha 18 anos
quando descobriu que a filha Fernanda, com cinco meses, era surda, mas não
aceitava. “Eu teimava pra ela falar ‘copo’, mas ela não entendia. Era difícil
construir uma história, uma frase”, disse. “Quando ela dominou a Libras, aos 16
anos, passou a dar significado para as coisas”, completou. “Às vezes ela me
perguntava ‘o que é isto?’ e eu não conseguia passar pra ela. Com o Fabrizzio,
o retorno é imediato. Tenho várias formas para mostrar para ele. A comunicação
é 100%. Com a Fernanda, não chegava aos 50%”, conta.
Vários surdos
falam comigo: ‘português não tem emoção como a Libras’. O texto escrito é uma
coisa fria para uma pessoa que não domina a língua. Na Libras, a criança sente
a emoção narrada"Elideia
Bernadino, coordenadora do
Núcelo de Libras da UFMG.
Núcelo de Libras da UFMG.
Para Cláudia, o reconhecimento da Libras como língua foi importante
tanto para o avanço da literatura voltada para surdos, quanto para o
desenvolvimento de outras áreas do conhecimento e pesquisas. Segundo
informações da Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos (Feneis),
atualmente, cerca de 3% da população brasileira apresenta algum tipo de
deficiência auditiva. Em 2002, o governo federal reconheceu a Libras como a
língua oficial a ser utilizada pelos surdos, por meio da Lei 10.436.
Para a pesquisadora da UFMG Elidea Bernardino, é essencial que a família da criança surda aprenda Libras para que ela se sinta incluída. “A maioria dos surdos têm pais ouvintes, 90%, 95%. Um número muito pequeno de crianças surdas tem contato com surdos no início. Assim que uma criança surda nasce, os familiares ouvintes têm que ser ‘realfabetizados’”, diz.
Para a pesquisadora da UFMG Elidea Bernardino, é essencial que a família da criança surda aprenda Libras para que ela se sinta incluída. “A maioria dos surdos têm pais ouvintes, 90%, 95%. Um número muito pequeno de crianças surdas tem contato com surdos no início. Assim que uma criança surda nasce, os familiares ouvintes têm que ser ‘realfabetizados’”, diz.
Neste sentido, também é importante que
os pais e familiares criem estratégias para incentivar as crianças a ler e se
integrar. “Conheço um pai que, para criar o gosto pela leitura, começava a ler
pra ele [para o filho] e, quando a história chegava ao clímax, ele fechava o
livro, entregava para o menino e falava: ‘agora, você vai ler’. Aí, ele [a
criança] ia começando a ler a história toda, entendendo melhor o português, ia
curioso”, contou.
Segundo Elidea, narrativas elaboradas para as crianças surdas também devem ter elementos do português para que os pais compreendam e transmitam a mensagem aos filhos. “A história geralmente é sinalizada e tem legendas para os familiares entenderem o que é falado. O objetivo é chegar ao surdo pela sinalização e não pela legenda. Por isto, até a posição da leitura é diferente, pois a criança tem que ver o rosto de quem conta”, reflete a pesquisadora.
Para ela, histórias também são importantes para o desenvolvimento de habilidades como a memória e a noção de princípio, meio e fim, essencial para a compreensão de passado, presente e futuro. Cláudia e Fernanda, avó e mãe de Fabrízzio, investem em jogos e brincadeiras. ”A memória do surdo é visual. Um quebra-cabeça com 80 peças ele [Fabrizzio] monta em segundos. No jogo da memória, então, ele ganha de qualquer um”, diz Cláudia.
Segundo Elidea, narrativas elaboradas para as crianças surdas também devem ter elementos do português para que os pais compreendam e transmitam a mensagem aos filhos. “A história geralmente é sinalizada e tem legendas para os familiares entenderem o que é falado. O objetivo é chegar ao surdo pela sinalização e não pela legenda. Por isto, até a posição da leitura é diferente, pois a criança tem que ver o rosto de quem conta”, reflete a pesquisadora.
Para ela, histórias também são importantes para o desenvolvimento de habilidades como a memória e a noção de princípio, meio e fim, essencial para a compreensão de passado, presente e futuro. Cláudia e Fernanda, avó e mãe de Fabrízzio, investem em jogos e brincadeiras. ”A memória do surdo é visual. Um quebra-cabeça com 80 peças ele [Fabrizzio] monta em segundos. No jogo da memória, então, ele ganha de qualquer um”, diz Cláudia.
"No jogo da memória, então, ele ganha de qualquer
um", diz Cláudia Soares sobre o neto Fabrizzio (Foto: Fernanda Brescia/G1)
Mercado
No Brasil, o mercado literário tem crescido para atender a demanda da comunidade surda, especialmente das crianças, mas as iniciativas ainda não atendem a todos, segundo especialistas. “Me parece que ações governamentais são muito tímidas em relação a isto. Vejo que há muito barulho e pouca luz”, disse Astomiro Romais, diretor da Editora da Ulbra.
No Brasil, o mercado literário tem crescido para atender a demanda da comunidade surda, especialmente das crianças, mas as iniciativas ainda não atendem a todos, segundo especialistas. “Me parece que ações governamentais são muito tímidas em relação a isto. Vejo que há muito barulho e pouca luz”, disse Astomiro Romais, diretor da Editora da Ulbra.
Geralmente, as narrativas publicadas por editoras são
adequadas para o universo da comunidade surda. Temas como a interação entre
surdos e ouvintes, a maneira como o surdo enxerga o mundo e a relação dos
parentes ouvintes com o único surdo da família são recorrentes na literatura do
gênero. A adaptação de livros clássicos também aparece com frequência nas
prateleiras das livrarias e das videolocadoras.
Cinderela Surda perde
a luvinha, ao invés do sapato de cristal (Foto: Editora da Ulbra)
Segundo o
editor-assistente da Editora da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), Roger
Kessler, a iniciativa é inclusiva e tende a gerar aproximação entre crianças
surdas e ouvintes. “A tendência tem sido esta, de lançar livros com personagens
consagrados do imaginário infantil”, diz. Para o diretor da editora, Astomiro
Romais, também é importante que a história tenha elementos do universo surdo.
Um dos livros lançados em 2003 pela empresa, Cinderela Surda, reconta a fábula
da moça que encontra o príncipe depois da meia noite e vive feliz para sempre.
Neste caso, a princesa perde a luva e não o sapatinho de cristal. “A intenção é
valorizar a questão da própria mão como elemento da comunicação, elemento
fundamental da linguagem visual”, reflete.
A avó de Fabrizzio, Cláudia Soares, diz que o menino tem uma coleção de artigos de literatura em casa. “Fabrizzio tem muitos livros, DVDS imensos, tem histórias da Turma da Mônica em Libras, do Pinóquio. Hoje, é muito vasto o material em Libras. Há livrinhos, quebra-cabeça, dominó, jogo da memória. Então, tem muita coisa pra construir este vocabulário, este mundo da Libras”, conta. Ela diz que um dos livros do menino reconta a história dos Três Porquinhos. Na versão, quando o Lobo Mau toca a campainha, o equipamento ativa as luzes da casa para que os porquinhos surdos abram a porta, ao invés de emitir um som. Segundo ela, o garoto também tem livros não traduzidos. “Quando eu compro um livro de história comum, ele vê a gravura e quer saber se a casa é grande, pequena, qual é a cor. Ele fica olhando para a gravura e pra mim para que eu explique cada página em Libras. É tudo gestovisual”, diz.
A avó de Fabrizzio, Cláudia Soares, diz que o menino tem uma coleção de artigos de literatura em casa. “Fabrizzio tem muitos livros, DVDS imensos, tem histórias da Turma da Mônica em Libras, do Pinóquio. Hoje, é muito vasto o material em Libras. Há livrinhos, quebra-cabeça, dominó, jogo da memória. Então, tem muita coisa pra construir este vocabulário, este mundo da Libras”, conta. Ela diz que um dos livros do menino reconta a história dos Três Porquinhos. Na versão, quando o Lobo Mau toca a campainha, o equipamento ativa as luzes da casa para que os porquinhos surdos abram a porta, ao invés de emitir um som. Segundo ela, o garoto também tem livros não traduzidos. “Quando eu compro um livro de história comum, ele vê a gravura e quer saber se a casa é grande, pequena, qual é a cor. Ele fica olhando para a gravura e pra mim para que eu explique cada página em Libras. É tudo gestovisual”, diz.
Para Cláudia, o fato de a
criança conhecer o personagem, ajuda no aumento do vocabulário e na efetividade
da comunicação. “Ele conhece os personagens, sabe que o Cascão não gosta de
tomar banho. Com muita certeza é aprendizado porque dali ele imagina outras
histórias”, diz. (Veja, ao lado, um trecho de uma história da Turma da Mõnica
em Libras). Ela também critica a resistência das editoras a
publicar narrativas inéditas. “Acho que falta capacitação em Libras”, afirma.
A Editora Arara Azul
também adapta clássicos da literatura universal para a Libras e o carro-chefe
do gênero na empresa são os vídeos com intérpretes que acompanham o material
impresso. “Nosso foco é trazer para a língua de sinais um pouco da tradição
literária da humanidade. As pessoas surdas são em sua essência biculturais, já
que vivem no mundo dos ouvintes e da comunidade surda, quando possível. Assim,
como qualquer criança, é importante ter contato com o mundo da imaginação”, diz
a gerente editorial e de projetos da editora, Clelia Regina Ramos.
Em 2003, a editora lançou o primeiro livro da coleção digital bilíngue português/Libras, "Alice no País das Maravilhas", com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj). Acesse o site da Editora Arara Azul para ter acesso à parte da história.
Em 2003, a editora lançou o primeiro livro da coleção digital bilíngue português/Libras, "Alice no País das Maravilhas", com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj). Acesse o site da Editora Arara Azul para ter acesso à parte da história.
Narrativa do clássico Alice no País das Maravilhas tem
elementos para atender às crianças surdas e aos pais ouvintes (Foto: Editora
Arara Azul)
Tanto na Arara Azul quanto na Editora da Ulbra, o trabalho de “tradução”
e adaptação das narrativas é feito com a participação de surdos.
O Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines) produz
vídeos com histórias narradas por pessoas caracterizadas como os personagens. Assista a um trecho da história
da Chapeuzinho Vermelho.
Família e escola
Para que as crianças surdas não sofram nenhuma defasagem, é essencial o incentivo dos familiares, segundo especialistas. “Eles têm que quebrar as barreiras da comunicação. A maioria dos pais não aprende Libras e delega para a escola a função de educação do surdo. Poucos se dedicam a buscar uma comunicação efetiva com os filhos”, diz Elidea. A pesquisadora conta que já teve que interferir no diálogo entre uma adolescente surda e a mãe dela, que não conhecia a linguagem de sinais e pediu ajuda para convencer a menina de que ela não deveria sair sozinha à noite. “Ele [o surdo] acaba ficando isolado. Normalmente, uma pessoa aprende e passa a ser o interlocutor na família. Os pais falam para o irmão traduzir”, completa.
Família e escola
Para que as crianças surdas não sofram nenhuma defasagem, é essencial o incentivo dos familiares, segundo especialistas. “Eles têm que quebrar as barreiras da comunicação. A maioria dos pais não aprende Libras e delega para a escola a função de educação do surdo. Poucos se dedicam a buscar uma comunicação efetiva com os filhos”, diz Elidea. A pesquisadora conta que já teve que interferir no diálogo entre uma adolescente surda e a mãe dela, que não conhecia a linguagem de sinais e pediu ajuda para convencer a menina de que ela não deveria sair sozinha à noite. “Ele [o surdo] acaba ficando isolado. Normalmente, uma pessoa aprende e passa a ser o interlocutor na família. Os pais falam para o irmão traduzir”, completa.
A pedagoga e professora de nível médio Luciana Freitas coordena um curso
de Libras para familiares de surdos em Belo Horizonte e diz que a maioria dos
pais têm resistência para aprender a nova língua. “Eles querem que o filho
fale, querem que eles ouçam. Ainda mais agora com o implante coclear, as
próteses”, diz. Ela aponta a importância do esforço dos pais para que as
crianças tenham a Libras como língua materna. “É importante que a criança tenha
uma referência. Com seis meses, ela já vai balbuciar alguns sinais”, diz.
Eles têm que
quebrar as barreiras da comunicação. A maioria dos pais não aprende Libras e
delega para a escola a função de educação do surdo"Elidea Bernardino, coordenadora do Núcleo de Libras
da UFMG.
De acordo com Luciana, todos os alunos de uma instituição em que ela
lecionou, tinham mais contato com Libras na escola do que em casa. Ela diz que
a instituição recebia livros do Ministério da Educação (Mec). “Geralmente, a
escola dá um kit para o aluno com caderno, lápis e um kit literário. Alguns
livrinhos eles [os alunos] podem levar. Mas, em casa, geralmente é usada a
língua oral mesmo”, falou. Ainda segundo a pedagoga, alguns dos materiais
didáticos também eram integrados à biblioteca local. “Na medida do possível a
gente está assistido, mas poderia ter muito mais [materiais]. Acho que é uma
área nova, que está caminhando”, disse.
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), estudantes surdos
matriculados em escolas públicas recebem materiais didáticos impressos em
Língua Portuguesa acompanhados por um CD em Libras. Ainda de acordo com o
ministério, em 2006, 33 mil exemplares do livro didático de alfabetização
acessível em Libras foram disponibilizados para as instituições do país. Em
2007 e 2008, foram distribuídos 463.710 exemplares da Coleção Pitanguá
acessível em Libras (Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, Geografia e
História) para alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Em 2011, 254.712
exemplares da Coleção Porta Aberta – FTD, acessível em Libras, foram enviados
às escolas, de acordo com o ministério. Exemplares do Dicionário Enciclopédico
Ilustrado Trilíngue: Libras, Português e Inglês e materiais para a capacitação
de professores e educadores também são disponibilizados, de acordo com o Mec.
Para Cláudia Soares, avó e mãe de surdos, ainda faltam investimentos por parte dos governos e do mercado literário para que haja aumento da divulgação e disponibilização de materiais em Libras e audiovisuais. “É uma luta, é muito esforço de estar querendo o melhor mesmo. Nossas autoridades têm que fazer mais pelos surdos. Não falo que são especiais; eles são capazes, competentes”, diz ela. “A criança surda precisa ter a língua materna dela, a Libras, numa escola regular. A gente defende a escola bilíngue, mas a gente não tem”, afirma.
Segundo dados do MEC, no ano passado, 70.823 estudantes com surdez e com deficiência auditiva foram matriculados na Educação Básica, sendo 33.372 estudantes com surdez severa e profunda e 37.451 com deficiência auditiva. Deste total, 22.249 estudantes com surdez e 30.251 com deficiência auditiva estão matriculados nas escolas comuns de ensino regular, representando um total de 52.500, ou 74%.
Nas escolas regulares, os surdos têm aulas com os alunos ouvintes e uma intérprete. Em Minas Gerais, estes estudantes contam com salas de estudos e acompanhamento de profissionais, segundo a Secretaria de Estado e Educação.
A gerente editorial e de projetos da Editora Arara Azul, Clelia Regina Ramos, ressalta que o surdo tem direito a ter todos os materiais que as outras pessoas têm traduzidos para a Libras, mas o material ainda é caro. “É trabalho com multimídia, os profissionais são caros, tem filmagem”. Ela aponta a necessidade de mais investimentos e parcerias para que o setor cresça.
Para Cláudia Soares, avó e mãe de surdos, ainda faltam investimentos por parte dos governos e do mercado literário para que haja aumento da divulgação e disponibilização de materiais em Libras e audiovisuais. “É uma luta, é muito esforço de estar querendo o melhor mesmo. Nossas autoridades têm que fazer mais pelos surdos. Não falo que são especiais; eles são capazes, competentes”, diz ela. “A criança surda precisa ter a língua materna dela, a Libras, numa escola regular. A gente defende a escola bilíngue, mas a gente não tem”, afirma.
Segundo dados do MEC, no ano passado, 70.823 estudantes com surdez e com deficiência auditiva foram matriculados na Educação Básica, sendo 33.372 estudantes com surdez severa e profunda e 37.451 com deficiência auditiva. Deste total, 22.249 estudantes com surdez e 30.251 com deficiência auditiva estão matriculados nas escolas comuns de ensino regular, representando um total de 52.500, ou 74%.
Nas escolas regulares, os surdos têm aulas com os alunos ouvintes e uma intérprete. Em Minas Gerais, estes estudantes contam com salas de estudos e acompanhamento de profissionais, segundo a Secretaria de Estado e Educação.
A gerente editorial e de projetos da Editora Arara Azul, Clelia Regina Ramos, ressalta que o surdo tem direito a ter todos os materiais que as outras pessoas têm traduzidos para a Libras, mas o material ainda é caro. “É trabalho com multimídia, os profissionais são caros, tem filmagem”. Ela aponta a necessidade de mais investimentos e parcerias para que o setor cresça.
(O trecho do vídeo da Turma da Mônica foi cedido pela Maurício de Souza
Produções).
Por: Fernanda Brescia Do G1 MG
Disponível em:
Visitado em 12/08/2014 às 15:00 h
quinta-feira, 17 de julho de 2014
Etapas
de Instalação de um Aterro Sanitário e as vantagens dos aterros controlados.
Um
aterro sanitário conta necessariamente com as seguintes unidades:
•
Unidades operacionais:
•
células de lixo domiciliar;
•
células de lixo hospitalar (caso o Município não disponha de processo mais
efetivo para dar destino final a esse tipo de lixo);
•
impermeabilização de fundo (obrigatória) e superior (opcional);
•
sistema de coleta e tratamento dos líquidos percolados (chorume);
•
sistema de coleta e queima (ou beneficiamento) do biogás;
•
sistema de drenagem e afastamento das águas pluviais;
•
sistemas de monitoramento ambiental, topográfico e geotécnico;
•
pátio de estocagem de materiais.
•
Unidades de apoio:
•
cerca e barreira vegetal;
•
estradas de acesso e de serviço;
•
balança rodoviária e sistema de controle de resíduos;
•
guarita de entrada e prédio administrativo;
•
oficina e borracharia.
A
operação de um aterro deve ser precedida do processo de seleção de áreas,
licenciamento, projeto executivo e implantação.
Construção
Existem três métodos distintos para se construir um
aterro sanitário:
• Método de rampa;
• Método de trincheira;
• Método de área.
Operação
Ao operar um aterro sanitário será necessário
contar com uma frota adequada para poder cumprir a totalidade das tarefas.
Com tal
finalidade, dever-se-á dispor do equipamento que realize as operações necessárias
de forma econômica e apropriada. Também deverá estabelecer-se uma dotação
multifuncional para substituições que possam produzir-se por diferentes razões,
durante a operação do aterro, a fim de assegurar a continuidade de seu
funcionamento. O equipamento dependerá do tipo e quantidade de resíduos
recebidos, do material de cobertura e dos métodos de operação do aterro.
Manutenção
A Lei 9.605/1998 – de Crimes Ambientais e o Código
Florestal – Lei 4.771/1965 e as Instruções
Normativas do IBAMA 146/2007 e 154/2007, em seu
conjunto estabelecem a necessidade da supervisão ambiental do empreendimento e em
especial o monitoramento e o acompanhamento das condições ambientais afetadas
direta ou indiretamente pelo aterro em operação.
Para o monitoramento adequado do aterro deverão ser
observadas:
•a qualidade do ar;
•a poluição sonora;
•a qualidade das águas:
–superficiais;
–subterrâneas.
•o controle do solo;
•a recuperação vegetal;
•a preservação da fauna terrestre;
•a preservação dos ecossistemas aquáticos;
•o controle do efluente tratado.
Fechamento e Selagem
O projeto e a construção de aterros sanitários são
uma atividade contínua que termina somente quando toda a capacidade disponível
ou permitida na área tenha sido preenchida com resíduos
Fechamento e Selagem. Quando isto
acontece, o aterro deve fechar-se, identificando o momento final de uma
instalação que não irá receber mais resíduo. Para assegurar o funcionamento dos
controles ambientais no fechamento e durante o período posterior, deve-se
desenvolver um plano que frequentemente se realiza durante a fase de projeto. O
objetivo do plano é definir os passos que têm que ser adotados para fechar o
aterro e os elementos de manutenção, após o fechamento, que sejam necessários. Os
aterros fechados ou abandonados apresentam diversos problemas potenciais para a
comunidade, os quais podem ser mais graves e dispendiosos de solucionar que
supervisionar e construir aterros novos, porque as práticas de vazamento de
lixo do passado, normalmente não seguiam os critérios e normas atualmente em
uso. Sem critérios de gestão, muitos aterros aceitavam resíduos que atualmente
se excluem dos aterros de RSU.
Reinserção
Segundo a FIOCRUZ, em seu "Manual de Gestão
Integrada de Resíduos Municipais e Impactos Ambientais", transcrevem-se as
recomendações a segui. Quando terminam os processos biológicos naturais
produzidos pelo lixo, o aterro se estabiliza e o espaço que ocupa pode
utilizar-se para outros fins comunitários.
No Chile se registram experiências sobre
recuperação e reinserção de antigos aterros sanitários, realizadas dentro de
programas previamente determinados como o Programa de Florestamento Urbano do
Ministério da Habitação e Urbanismo, que indica previamente o uso futuro do
aterro, como parque.
Os terrenos recuperados com as operações de
lançamento de resíduos sólidos podem oferecer valiosas vantagens à cidade, já
que podem ser destinados a usos recreativos como, parques, campos de esportes;
usos comerciais como estacionamentos de veículos ou edificações industriais e
comerciais ou usos agrícolas. Na utilização posterior que se dá a aterros
sanitários deve estar condicionada pelo seu meio e, até certo ponto, pelo grau
de assentamento e a estabilidade atingida pelo processo de degradação dos resíduos.
Por exemplo, um aterro localizado a vários quilômetros de distância de uma área
residencial não é adequado para campo de esportes ou estacionamento, e outro no
qual se espera um assentamento rápido e desigual não é adequado sequer para
pequenas edificações.
Vida Útil
Uma vez determinada, na fase de projeto, a quantidade
de resíduos que deverão ser aterrados nos próximos anos, em uma matriz em que constem
pesos e volumes, determinar-se-á o tempo de vida útil do aterro. Os volumes anuais
e os acumulados ao longo dos anos possibilitarão o cálculo do tempo de vida útil,
o qual deverá ser de no mínimo 10 a 15 anos.
Índice de Qualidade
Três são os fatores que influenciam diretamente no índice
de qualidade de um aterro sanitário: são eles de ordem sanitária, ambiental e operacional.
As deficiências de ordem sanitária frequentemente encontrada são: fogo, fumaça,
odor, macrovetores de doenças (cachorros, gatos, porcos, urubus, ratos), microvetores
(moscas, mosquitos, bactérias, fungos).
Quanto à ordem ambiental, geralmente são encontrados
poluição do ar, águas superficiais e subterrâneas, poluição do solo e prejuízos
à estética e paisagem locais. As deficiências de ordem operacional são: via de acesso
intransitável nos dias de chuva falta de controle da área, descontrole dos resíduos
recebidos, falta de procedimentos para inspeção, pesagem, ausência de critérios
de disposição etc.
"Lixões":
Locais onde o lixo coletado é lançado diretamente sobre o solo sem qualquer
controle e sem quaisquer cuidados ambientais, poluindo tanto o solo, quanto o
ar as águas subterrâneas e superficiais
das vizinhanças.
Os lixões, além dos
problemas sanitários com a proliferação de vetores de doenças, também se
constituem em sério problema social, porque acabam atraindo os
"catadores", indivíduos que fazem da catação do lixo um meio de
sobrevivência, muitas vezes permanecendo na área do aterro, em abrigos e
casebres, criando famílias e até mesmo formando comunidades.
A diferença básica
entre um aterro sanitário e um aterro controlado é que este último prescinde da
coleta e tratamento do chorume, assim como da drenagem e queima do biogás.
O aterro sanitário é um
método para disposição final dos resíduos sólidos urbanos, sobre terreno
natural, através do seu confinamento em camadas cobertas com material inerte,
geralmente solo, segundo normas operacionais específicas, de modo a evitar
danos ao meio ambiente, em particular à saúde e à segurança pública.
O aterro controlado
também é uma forma de se confinar tecnicamente o lixo coletado sem poluir o
ambiente externo, porém, sem promover a coleta e o tratamento do chorume e a
coleta e a queima do biogás.
Referências
bibliográficas disponíveis em:
quarta-feira, 30 de abril de 2014
Pro dia nascer feliz (dirigido por João Jardim) filmado entre abril de 2004 e outubro de 2005 é um documentário sobre a educação brasileira, onde mostra a realidade educacional de jovens de diferentes regiões e classe social mostra também os contrastes das realidades de alunos de escolas publicas e privadas.
Resenha (Pro dia nascer feliz)
Resenha (Pro dia nascer feliz)
No início da educação no Brasil estudar era privilégio de poucos e
a universalização da educação em nosso país só se concretizou no final do
século XX, enquanto em outros países desde o século XIX buscou-se oferecer o
ensino obrigatório para todos. A abrangência da educação para diferentes
camadas da sociedade ainda é muito recente e nós estamos presenciando as mudanças
educacionais com LDBs e planos voltados para a melhoria da educação e
valorização do professor. A gora no
século XXI é ora de analisar o presente e correr atrás do tempo perdido, não da
pra fingir que estamos indo bem, em quanto temos tanto para melhorar não só na
educação mais principalmente dela, pois essa é a base para uma sociedade
comprometida em melhorar todas as outras áreas de um país.
A realidade da educação publica brasileira é o reflexo de
corrupção, falta de estrutura familiar, falta de incentivo governamental e o
mais importante, inteligência eleitoral. A maioria dos brasileiros são exatamente
aquilo que governantes corruptos querem que eles sejam por isso não é interessante
investir em qualificação e valorização de professores, em estruturas de escolas
adequadas para o ensino, é melhor deixar a população sem conhecimento, assim
haverá menos reivindicações de direitos e a educação assim como outras áreas
evoluirá a passos lentos.
A pesar de tantos obstáculos existentes nas escolas brasileiras as
recompensas têm um brilho incandescente como jovens de periferias de grandes metrópoles
preferindo atividades dentro da escola a criminalidade, ou adolescentes nordestinos
mostrando que não importa a falta de infra-estrutura da escola e sim sua
valorização e dedicação ao estudo. A educação
de qualidade não deve se tratada como utopia, e sim como uma luta conjunta e diária
de governo, escola e sociedade, quando esses grupos trabalharem juntos, a
educação de qualidade será uma realidade.
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=o-GoeKLAdoM&list=PL15ADF7D66C34FDC5
segunda-feira, 28 de abril de 2014
A escola Ubiratan Aguiar realiza em suas dependências o projeto "Cuidar do
lixo é uma questão de educação e cidadania" é uma das ações desenvolvidas
com os alunos, professores e comunidade que também envolve projeto relacionado
ao Enem, opções de profissão para os alunos, física e biologia. A importância
desse tipo de projeto nas escolas é imensa, pois mostra a para o aluno que
cuidar do lixo não é só uma responsabilidade dos garis e sim de toda a
sociedade e que para cuidar bem do meio ambiente também é preciso
educação. A coordenação da escola e os alunos estão de parabéns
pela iniciativa.
A escola de Ubiratan Aguiar de Capistrano Ganha o 1º lugar na categoria Ciências Ambientais na V Feira
Regional de Ciências e Cultura do Maciço de Baturité.
RESULTADOS DA V FEIRA REGIONAL DE CIÊNCIAS E CULTURA DO MACIÇO DE BATURITÉ
A
Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação – CREDE 8, realizou no
dia 19 de novembro de 2013 na quadra poliesportiva do Liceu de Baturité Domingos Sávio,
a V Feira Regional de Ciências e Cultura do Maciço de Baturité. A abertura foi
abrilhantada pelo grupo de dança da Escola Maria Amélia Perdigão Sampaio -
Palmácia. Tendo como um dos objetivos estimular a investigação e a busca de
conhecimento de forma cotidiana e integrada com toda a comunidade escolar,
conduzida e desenvolvida pelos estudantes, a Feira contou com a participação de
12 Escolas com 42 Projetos Científicos desenvolvidos por 84 alunos sob a
orientação e apoio de 42 professores, nas áreas de Linguagens e Códigos,
Ciências da Natureza e Matemática, Ciências Humanas, Ciências Ambientais e
Robótica. Além dos Projetos Científicos que estavam concorrendo a premiação, 5
escolas encaminharam para exposição 28 projetos desenvolvidos pelo Núcleo de
Trabalho Pesquisas e Práticas Sociais, que faz parte do conjunto de medidas
para reorganização curricular do ensino médio. Na oportunidade, a Escola de
Ensino Profissional Adolfo Ferreira de Sousa expôs o Projeto Ciclo de leitura
que tem por finalidade apoiar o jovem no desenvolvimento de sua identidade,
cidadania e relacionamento com a comunidade. A premiação geral da Feira ficou
para a Escola Almir Pinto de Aracoiaba, com o Projeto Científico Bullying: a
hora de agir é agora.
Abaixo segue
a relação dos Projetos Selecionados para representar a CREDE 8 na Feira
Estadual que acontecerá em dezembro em Fortaleza.
LINGUAGENS
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ESCOLA
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PROJETO
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EQUIPE
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EEM Almir Pinto-
Aracoiaba
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Do Poema ao Canto:
a voz que fala ao coração.
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Júlia Kelly Silva dos Santos - PO
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Antônia Nayane da Silva Gomes
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Pedro Bruno de Lima Pereira
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CIÊNCIAS DA NATUREZA E MATEMÁTICA
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ESCOLA
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PROJETO
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EQUIPE
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EEM Menezes
Pimentel
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Ecodreno: uma
solução de purificação sustentável
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Edisley Mayna dos santos Mendes - PO
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Cris Mirelly dos Santos lima
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CIÊNCIAS DA HUMANAS
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ESCOLA
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PROJETO
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EQUIPE
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EEM Almir Pinto -
Aracoiaba
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Bullying: a hora de
agir é agora
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Carlos Eduardo Oyama - PO
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Yara Bruna da Silva Lins
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Monique Evelyn Rodrigues de Freitas
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CIÊNCIAS AMBIENTAIS
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ESCOLA
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PROJETO
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EQUIPE
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EEM Ubiratan
Diniz de Aguiar
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Cuidar do lixo é
uma questão de educação e cidadania
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Matilde de Lima Brilhante - PO
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Jamile de Moraes Araújo
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Thalita Matias Lima
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ROBÓTICA EDUCACIONAL
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ESCOLA
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PROJETO
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EQUIPE
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EEM Maria do Carmo
Bezerra
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EDS “A Evolução”:
energia, desenvolvimento e Sustentabilidade
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Fábel Franklin Sousa Maia - PO
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Elvis Vitor do Carmo Silva
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*PO – Professor Orientador
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Visitado em 27/04/2014 às 10:59 h
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