terça-feira, 18 de junho de 2013

09 - Por que preciso de insulina? - Biologia - Ens. Médio - Telecurso


O Papel da insulina no metabolismo dos Carboidratos, lipídeos e no metabolismo de compostos nitrogenados.

O Papel da insulina no metabolismo dos Carboidratos, lipídeos e no metabolismo de compostos nitrogenados.

Insulina e seus Metabólitos
De forma geral, a insulina afeta todo o metabolismo de carboidratos (“açúcares no sangue”),dos ácidos graxos (causando acidoses e aterosclerose) e das proteínas (capacidade diminuída de síntese).
 A insulina, sempre que houver excesso de carboidratos, estará presente. Ela desempenha papel importante no armazenamento de substâncias energéticas: um aumento de glicose originará, via insulina, formação de glicogênio no fígado. Haverá também formação de ácidos graxos e seu armazenamento nos tecidos adiposos, além de inibição da proteólise.
Efeito da Insulina sobre os Carboidratos
- Alimentação – gera um aumento da insulina com uma maior captação de glicose pelo fígado, tecido adiposo e músculos.
http://www.sistemanervoso.com/images/bolinha0.gif Músculos: durante os exercícios físicos as fibras musculares tornam-se mais permeáveis à glicose. Também após uma refeição as fibras musculares ficam permeáveis à glicose. Se nestas duas situações a musculatura não utilizar toda a glicose a ela fornecida, haverá armazenamento no próprio músculo: glicogênio muscular.
http://www.sistemanervoso.com/images/bolinha0.gif De forma geral: a insulina pode aumentar a taxa de glicose para dentro da célula muscular em pelo menos 15 vezes.
http://www.sistemanervoso.com/images/bolinha0.gif Fígado: possui importante função, faz com que a glicose de uma refeição seja armazenada sob a forma de glicogênio.
http://www.sistemanervoso.com/images/bolinha0.gif Quando há falta de alimento o nível de insulina começa progressivamente a cair junto com a glicemia ocorrendo quebra do glicogênio hepático para estabilização glicêmica.
Efeito da Insulina sobre o Metabolismo das Gorduras
- Não atua de forma tão aguda quanto nos carboidratos.
- Insulina aumenta a utilização de glicose por todas as células do corpo o que diminui a utilização de gordura = “poupador de gorduras”.
- Insulina promove a síntese dos ácidos graxos quando houver aumento dos carboidratos e saturação no armazenamento de glicogênio.
Armazenamento de gordura no tecido adiposo:
1. Insulina inibe a LHS
(lipase hormônio sensível): enzima que quebra os triglicerídeos.
2. Insulina promove o transporte da glicose para as células adiposas.
Na ausência de insulina:
1. lipólise da gordura armazenada;
2. Ativação da LHS;
3. aumento dos ácidos graxos livres plasmáticos;
4. aumento do colesterol e dos fosfolipídios – situação que pode levar a uma aterosclerose;
5. Aumento do ácido acetoacético; acetona e ácido beta-hidroxibutírico (corpos cetônicos) – situação que pode levar a uma cetose.
Efeitos da Insulina sobre o Metabolismo das Proteínas
As proteínas são nutrientes orgânicos nitrogenados presentes em todas as células vivas; portanto, são essenciais à vida de todo animal.
As proteínas são constituídas de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio. Muitas encerram enxofre, algumas, ferro e fósforo. Podem apresentar também cobre, cálcio e magnésio.
Secreções Glandulares:
Muitos hormônios e enzimas são materiais protéicos ou contem resíduos de aminoácidos como parte essencial de sua estrutura. É o caso da pepsina e tripsina. A insulina possui, pelo menos, nove (9) aminoácidos. A tiroxina nada mais é do que um aminoácido iodado. A adrenalina tem como substância fundamental a tirosina.
- Após refeição não apenas a glicose e ácidos graxos, mas também as proteínas são armazenadas nos tecidos.
1. Insulina junto com o GH aumenta o depósito de aminoácidos nas células;
2. Insulina aumenta tradução via mRNA;
3. Insulina inibe a depleção protéica (poupa aminoácidos);4. No fígado – diminui a gliconeogênese.
Obs. Falta da insulina causa depleção protéica e aumento dos aminoácidos plasmáticos – causa grave do Diabetes Mellitus.
Integração Insulina e GH – Efeito Sinérgico
- Estes dois hormônios administrados separadamente não causam o grande efeito observado pelas suas associações. Quando associados possuem grande potencial no crescimento.
As proteínas são nutrientes orgânicos nitrogenados presentes em todas as células vivas; portanto, são essenciais à vida de todo animal. Todos os animais necessitam receber uma quantidade de proteína e, além disso, para o homem, suínos, aves, cães entre outros, a quantidade e tão importante quanto a qualidade. O mesmo não acontece com os bovinos, ovinos e eqüinos. A proteína forma o principal constituinte do organismo do animal, sendo, pois, indispensável para o crescimento, a reprodução e a produção. As proteínas de origem vegetal diferem entre si das de origem animal.
Cada espécie animal tem suas proteínas específicas e seus órgãos, tecidos e fluidos encerram proteínas diferentes.
Não há duas proteínas que sejam iguais em sua ação fisiológica.
As proteínas são constituídas de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio. Muitas encerram enxofre, algumas, ferro e fósforo. Podem apresentar também cobre cálcio e magnésio. As proteínas são substâncias complexas, de natureza coloidal e peso molecular elevado. São unidades polimerizadas de aminoácidos. Estes são produtos finais da hidrolise, quando as proteínas são fervidas durante muitas horas com ácidos fortes ou quando atuadas por enzimas próprias. Na digestão dá-se também o seu desdobramento até os aminoácidos, que são as unidades de absorção.

Regulação do metabolismo:
Secreções Glandulares:
Muitos hormônios e enzimas são materiais protéicos ou contem resíduos de aminoácidos como parte essencial de sua estrutura. É o caso da pepsina e tripsina. A insulina possui, pelo menos, nove (9) aminoácidos. A tiroxina nada mais é do que um aminoácido iodado. A adrenalina tem como substância fundamental a tirosina.







REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Disponível em:

Visitado em 17/06/2013 das 14:00 a 16:00h e  em 18/06/2013 das 14:00 as 15:13h.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

MANTEIGA X MARGARINA


Margarina é mais saudável que manteiga?

Não necessariamente. A primeira costuma ter gordura trans, enquanto a segunda é cheia de gordura saturada e colesterol

por Texto Giselle Hirata
Consumidores que procuram evitar alimentos gordurosos não titubeiam no supermercado: compram sempre margarina em vez de manteiga. Mas quem disse que uma é mais saudável que a outra? Na propaganda, algumas marcas de margarina são espertas: vendem a ideia de que o importante é fugir do colesterol contido nas manteigas (ricas em gordura saturada). Só não avisam o telespectador que seu produto contém a famigerada gordura trans, tão prejudicial à saúde quanto a saturada.

Manteiga nada mais é do que a nata do leite, batida até se transformar numa emulsão cremosa, na qual predominam o colesterol e a gordura saturada - comuns em alimentos de origem animal. Portanto, o consumo exagerado pode acarretar problemas cardiovasculares. Já a margarina é obtida por meio da hidrogenação de óleos vegetais e contém gordura trans, produzida artificialmente com a finalidade de conservá-la por mais tempo e deixá-la com uma consistência mais apetitosa. Em excesso, eleva o colesterol ruim (LDL). Resultado: quem consome margarina não leva vantagem sobre o consumidor de manteiga: no fim das contas, corre o mesmo risco de enfrentar infartos e derrames cerebrais no futuro.

O jeito, portanto, é comprar margarinas livres de gordura trans. E não exagerar no consumo, quaisquer que sejam as gorduras em questão. A quantidade máxima recomendada, inclusive para manteiga, é de 8 gramas por dia (o equivalente a uma pontinha de faca passada numa fatia de pão), não mais do que 3 vezes por semana.



Margarina x Manteiga Quem disse que uma é melhor que a outra?

UMA COLHER DE CHÁ (8 GRAMAS) - Calorias
MARGARINA - 54,8
MANTEIGA - 58,64


UMA COLHER DE CHÁ (8 GRAMAS) - Colesterol (em miligramas)
MARGARINA - 0
MANTEIGA - 17,52


UMA COLHER DE CHÁ (8 GRAMAS) - Gordura saturada (em gramas)
MARGARINA - 0
MANTEIGA - 4,04


UMA COLHER DE CHÁ (8 GRAMAS) - Gordura trans (em gramas)
MARGARINA - 0,7
MANTEIGA - 0


UMA COLHER DE CHÁ (8 GRAMAS) - Gordura total (em gramas)
MARGARINA - 6,06
MANTEIGA - 6,48
Fonte: Sonia Tucunduva Philippi (nutricionista). 
http://super.abril.com.br/saude/margarina-mais-saudavel-manteiga-620246.shtml

(Artigo) PRODUÇÃO DE LIPASES FÚNGICAS POR FERMENTAÇÃO NO ESTADO SÓLIDO COM APLICAÇÕES BIOTECNOLÓGICAS

http://www.michelleacm.xpg.com.br/Artigo_Michelle.pdf



Respiração Aeróbica da Glicose.

Respiração aeróbica


Os processos fermentativos levam a formação de moléculas orgânicas pequenas, mas ainda capazes de liberar energia. Por exemplo, o álcool etílico, um dos produtos da fermentação da glicose, contêm quantidades razoáveis de energia liberáveis, tanto que é utilizado como combustível.
A respiração aeróbia consiste em levar a diante o processo de degradação das moléculas orgânicas, reduzindo-as as moléculas praticamente sem energia liberável. Os produtos da degradação inicial da molécula orgânica são combinados com o oxigênio do ar e transformados em gás carbônico e água.

O rendimento energético da respiração aeróbica
O processo de respiração aeróbica, é muito mais eficiente que a da fermentação: para cada molécula de glicose degradada, são produzida na respiração, 38 moléculas de ATP, a partir de 38 moléculas de ADP e 38 grupos de fosfatos. Na fermentação, apenas duas moléculas de ATP são produzidas para cada molécula de glicose utilizada. A eficiência da respiração em termos energéticos é, portanto, dezenove vezes maior do que a da fermentação.
A respiração aeróbica é um processo muito mais complexo que a fermentação. São necessários cerca de 60 passos metabólicos a mais, além dos nove que compõe a glicólise, para que uma molécula de glicose seja totalmente degradada a CO2 e H2O, em presença de O2.

Etapas da respiração aeróbica
A degradação da glicose na respiração celular se dá em três etapas fundamentais: glicólise, ciclo de Krebs e cadeia respiração. A glicólise ocorre no hialoplasma da célula, enquanto o ciclo de Krebs e a cadeia respiratória ocorrem no interior das mitocôndrias.

Glicólise
Como já vimos, a glicólise consiste na transformação de uma molécula de glicose, ao longo de várias etapas, em duas moléculas de ácido pirúvico.
Nesse processo são liberados quatro hidrogênios, que se combinam dois a dois, com moléculas de uma substância celular capaz de recebê-los: o NAD (nicotinamida-adenina-dinucleotídio). Ao receber os hidrogênios, cada molécula de NAD se transforma em NADH2. Durante o processo, é liberada energia suficiente para a síntese de 2 ATP.


Ciclo do Ácido Cítrico ou de Krebs

Oxidação do Ácido Pirúvico

As moléculas de ácido pirúvico resultantes da degradação da glicose penetram no interior das mitocôndrias, onde ocorrerá a respiração propriamente dita. Cada ácido pirúvico reage com uma molécula da substância conhecida como coenzima A, originando três tipos de produtos: acetil-coenzima A, gás carbônico e hidrogênios.
O CO2 é liberado e os hidrogênios são capturados por uma molécula de NADH2 formadas nessa reação. Estas participarão, como veremos mais tarde, da cadeia respiratória.

Em seguida, cada molécula de acetil-CoA reage com uma molécula de ácido oxalacético, resultando em citrato (ácido cítrico) e coenzima A, conforme mostra a equação abaixo:
                1 acetil-CoA + 1 ácido oxalacético    http://www.sobiologia.com.br/conteudos/bioquimica/bioquimica6_clip_image002.gif     1 ácido cítrico + 1 CoA
                  (2 carbonos)         (4 carbonos)                         (6 carbonos)
Analisando a participação da coenzima A na reação acima, vemos que ela reaparece intacta no final. Tudo se passa, portanto, como se a CoA tivesse contribuído para anexar um grupo acetil ao ácido oxalacético, sintetizando o ácido cítrico.
Cada ácido cítrico passará, em seguida, por uma via metabólica cíclica, denominada ciclo do ácido cítrico ou ciclo de Krebs, durante o qual se transforma sucessivamente em outros compostos.





Analisando em conjunto as reações do ciclo de Krebs, percebemos que tudo se passa como se as porções correspondentes ao grupo acetil, anteriormente transferidas pela CoA, fossem expelidas de cada citrato, na forma de duas moléculas de CO2 e quatro hidrogênios. Um citrato, sem os átomos expelidos, transforma-se novamente em ácido oxalacético.
Os oito hidrogênios liberados no ciclo de Krebs reagem com duas substâncias aceptoras de hidrogênio, o NAD e o FAD, que os conduzirão até as cadeias respiratórias, onde fornecerão energia para a síntese de ATP. No próprio ciclo ocorre, para cada acetil que reage, a formação de uma molécula de ATP.

Cadeia respiratória e liberação de energia





O destino dos hidrogênios liberados na glicólise e no ciclo de Krebs é um ponto crucial no processo de obtenção de energia na respiração aeróbica.
Como vimos, foram liberados quatro hidrogênios durante a glicólise, que foram capturados por duas moléculas de NADH2. Na reação de cada ácido pirúvico com a coenzima A formam-se mais duas moléculas de NADH2. No ciclo de Krebs, dos oito hidrogênios liberados, seis se combinam com três moléculas de NAD, formando três moléculas de NADH2, e dois se combinam com um outro aceptor, o FAD, formando uma molécula de FADH2.
Através de sofisticados métodos de rastreamento de substâncias, os bioquímicos demonstraram que os hidrogênios liberados na degradação das moléculas orgânicas e capturados pelos aceptores acabam por se combinar com átomos de oxigênio provenientes do O2 atmosférico. Dessa combinação resultam moléculas de água.
Antes de reagirem como o O2, porém, os hidrogênios, percorrem uma longa e complexa trajetória, na qual se combinam sucessivamente com diversas substâncias aceptoras intermediárias. Ao final dessa trajetória, os hidrogênios se encontram seus parceiros definitivos, os átomos de oxigênio do O2. Esse conjunto de substâncias transportadoras de hidrogênio constitui a cadeia respiratória.

Se os hidrogênios liberados na degradação das moléculas orgânicas se combinassem direta e imediatamente com o O2, haveria desprendidamente de enorme quantidade de energia em forma de calor, impossível de ser utilizada. Para contornar esse problema, as células utilizam um mecanismo bioquímico que permite a liberação gradual de energia. Tudo se passa como os hidrogênios descessem uma escada, perdendo energia a cada degrau. Liberada em pequenas quantidades, a energia pode ser, então, utilizada na síntese de moléculas de ATP, a partir de ADP e fosfatos.

Aceptores de hidrogênio da cadeia respiratória
As moléculas de NAD, de FAD e de citocromos que participam da cadeia respiratória captam hidrogênios e os transferem, através de reações que liberam energia, para um aceptor seguinte. Os aceptores de hidrogênio que fazem parte da cadeia respiratória estão dispostos em sequência na parede interna da mitocôndria.
O ultimo aceptor de hidrogênios na cadeia respiratória é a formação de moléculas de ATP, processo chamado de fosforilação oxidativa. Cada molécula de NADH2 que inicia a cadeia respiratória leva à formação de três moléculas de ATP a partir de três moléculas de ADP e três grupos fosfatos como pode ser visto na equação a seguir:
1 NADH2 + ½ O2 + 3 ADP + 3P   http://www.sobiologia.com.br/conteudos/bioquimica/bioquimica7_clip_image002.gif   1 H2O + 3 ATP + 1 NAD

Já a FADH2 formado no ciclo de Krebs leva à formação de apenas 2 ATP.
1 FADH2 + ½ O2 + 2 ADP + 2P   http://www.sobiologia.com.br/conteudos/bioquimica/bioquimica7_clip_image002_0000.gif   1 H2O + 2 ATP + 1 FAD

Contabilidade energética da respiração aeróbica



Na glicólise há um rendimento direto de duas moléculas de ATP por moléculas de glicose degradada. Formam-se, também, duas moléculas de NADH2 que, na cadeia respiratória, fornecem energia para a síntese de de seis moléculas de ATP.
Durante o ciclo de Krebs, as duas moléculas de Acetil-CoA levam a produção direta de duas moléculas de ATP. Formam-se, também, também, seis moléculas de NADH2 e duas moléculas de FADH2 que, na cadeia respiratória, fornecem energia para a síntese de dezoito moléculas de ATP (para o NAD) e quatro moléculas de ATP (para o FAD).
A contabilidade energética completa da respiração aeróbica é, portanto: 2 + 6 + 6 + 2 + 18 + 4 = 38 ATP. O resumo de todas as etapas resulta na seguinte equação geral:
1 C6H12O6  +  6 O2  +  38 ADP  + 38 P   http://www.sobiologia.com.br/conteudos/bioquimica/bioquimica7_clip_image002_0001.gif  6 CO2  +  6 H2O  +  38 ATP

A importância metabólica do ciclo de Krebs

Ao estudarmos a respiração aeróbica, partimos de moléculas de glicose. Outras substâncias, porém, como proteínas e gorduras, também podem servir de combustível energético. Depois de devidamente transformadas, essas substâncias produzem moléculas de acetil, o combustível básico do ciclo de Krebs.
O ciclo de Krebs é a etapa da respiração em que a acetil-CoA oriunda das moléculas alimentares é “desmontada” em CO2 e H2O, e a energia produzida é usada na síntese de ATP.
Porém o ciclo de Krebs não participa apenas do metabolismo energético: à medida que as diversas substâncias do ciclo vão se formando, parte delas pode ser “desviada”, indo servir de matéria-prima para a síntese de substâncias orgânicas (anabolismo).
Por exemplo, uma parte das substâncias usadas pelas células para produzir aminoácidos, nucleotídeos e gorduras provém do ciclo de Krebs.

Veja na figura abaixo as etapas da respiração celular e a sua localização:




Visitado em 10/06/2013 ás 15:41h