quarta-feira, 30 de abril de 2014


Pro dia nascer feliz (dirigido por João Jardim) filmado entre abril de 2004 e outubro de 2005 é um documentário sobre a educação brasileira, onde mostra a realidade educacional de jovens de diferentes regiões e classe social mostra também os contrastes das realidades de alunos de escolas publicas e privadas.




Resenha (Pro dia nascer feliz)

No início da educação no Brasil estudar era privilégio de poucos e a universalização da educação em nosso país só se concretizou no final do século XX, enquanto em outros países desde o século XIX buscou-se oferecer o ensino obrigatório para todos. A abrangência da educação para diferentes camadas da sociedade ainda é muito recente e nós estamos presenciando as mudanças educacionais com LDBs e planos voltados para a melhoria da educação e valorização do professor.  A gora no século XXI é ora de analisar o presente e correr atrás do tempo perdido, não da pra fingir que estamos indo bem, em quanto temos tanto para melhorar não só na educação mais principalmente dela, pois essa é a base para uma sociedade comprometida em melhorar todas as outras áreas de um país.

A realidade da educação publica brasileira é o reflexo de corrupção, falta de estrutura familiar, falta de incentivo governamental e o mais importante, inteligência eleitoral. A maioria dos brasileiros são exatamente aquilo que governantes corruptos querem que eles sejam por isso não é interessante investir em qualificação e valorização de professores, em estruturas de escolas adequadas para o ensino, é melhor deixar a população sem conhecimento, assim haverá menos reivindicações de direitos e a educação assim como outras áreas evoluirá a passos lentos.

A pesar de tantos obstáculos existentes nas escolas brasileiras as recompensas têm um brilho incandescente como jovens de periferias de grandes metrópoles preferindo atividades dentro da escola a criminalidade, ou adolescentes nordestinos mostrando que não importa a falta de infra-estrutura da escola e sim sua valorização e dedicação ao estudo.  A educação de qualidade não deve se tratada como utopia, e sim como uma luta conjunta e diária de governo, escola e sociedade, quando esses grupos trabalharem juntos, a educação de qualidade será uma realidade.

Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=o-GoeKLAdoM&list=PL15ADF7D66C34FDC5


segunda-feira, 28 de abril de 2014



A escola Ubiratan Aguiar  realiza em suas dependências o projeto "Cuidar do lixo é uma questão de educação e cidadania" é uma das ações desenvolvidas com os alunos, professores e comunidade que também envolve projeto relacionado ao Enem, opções de profissão para os alunos, física e biologia. A importância desse tipo de projeto nas escolas é imensa, pois mostra a para o aluno que cuidar do lixo não é só uma responsabilidade dos garis e sim de toda a sociedade e que para cuidar bem do meio ambiente também é preciso educação. A coordenação da escola e os alunos estão de parabéns pela iniciativa.

A escola de Ubiratan Aguiar de Capistrano Ganha o 1º lugar na categoria Ciências Ambientais na V Feira Regional de Ciências e Cultura do Maciço de Baturité.

RESULTADOS DA V FEIRA REGIONAL DE CIÊNCIAS E CULTURA DO MACIÇO DE BATURITÉ

A Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação – CREDE 8, realizou no dia 19 de novembro de 2013 na quadra poliesportiva do Liceu de Baturité Domingos Sávio, a V Feira Regional de Ciências e Cultura do Maciço de Baturité. A abertura foi abrilhantada pelo grupo de dança da Escola Maria Amélia Perdigão Sampaio - Palmácia. Tendo como um dos objetivos estimular a investigação e a busca de conhecimento de forma cotidiana e integrada com toda a comunidade escolar, conduzida e desenvolvida pelos estudantes, a Feira contou com a participação de 12 Escolas com 42 Projetos Científicos desenvolvidos por 84 alunos sob a orientação e apoio de 42 professores, nas áreas de Linguagens e Códigos, Ciências da Natureza e Matemática, Ciências Humanas, Ciências Ambientais e Robótica. Além dos Projetos Científicos que estavam concorrendo a premiação, 5 escolas encaminharam para exposição 28 projetos desenvolvidos pelo Núcleo de Trabalho Pesquisas e Práticas Sociais, que faz parte do conjunto de medidas para reorganização curricular do ensino médio. Na oportunidade, a Escola de Ensino Profissional Adolfo Ferreira de Sousa expôs o Projeto Ciclo de leitura que tem por finalidade apoiar o jovem no desenvolvimento de sua identidade, cidadania e relacionamento com a comunidade. A premiação geral da Feira ficou para a Escola Almir Pinto de Aracoiaba, com o Projeto Científico Bullying: a hora de agir é agora. 
Abaixo segue a relação dos Projetos Selecionados para representar a CREDE 8 na Feira Estadual que acontecerá em dezembro em Fortaleza.

LINGUAGENS
ESCOLA
PROJETO
EQUIPE
EEM Almir Pinto- Aracoiaba
Do Poema ao Canto: a voz que fala ao coração.
Júlia Kelly Silva dos Santos - PO
Antônia Nayane da Silva Gomes
Pedro Bruno de Lima Pereira
CIÊNCIAS DA NATUREZA E MATEMÁTICA
ESCOLA
PROJETO
EQUIPE
EEM Menezes Pimentel
Ecodreno: uma solução de purificação sustentável
Edisley Mayna dos santos Mendes - PO
Cris Mirelly dos Santos lima
Brenda Kessia Vieira da Silva
CIÊNCIAS DA HUMANAS
ESCOLA
PROJETO
EQUIPE
EEM Almir Pinto - Aracoiaba
Bullying: a hora de agir é agora
Carlos Eduardo Oyama - PO
Yara Bruna da Silva Lins
Monique Evelyn Rodrigues de Freitas
CIÊNCIAS AMBIENTAIS
ESCOLA
PROJETO
EQUIPE
EEM Ubiratan Diniz de Aguiar
Cuidar do lixo é uma questão de educação e cidadania
Matilde de Lima Brilhante - PO
Jamile de Moraes Araújo
Thalita Matias Lima
ROBÓTICA EDUCACIONAL
ESCOLA
PROJETO
EQUIPE
EEM Maria do Carmo Bezerra
EDS “A Evolução”: energia, desenvolvimento e Sustentabilidade
Fábel Franklin Sousa Maia - PO
Elvis Vitor do Carmo Silva
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*PO – Professor Orientador

Disponível em:

Visitado em 27/04/2014 às 10:59 h 

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Essa reportagem mostra que a qualidade na educação publica é possível sim. Mas pra isso é preciso o compromisso do corpo docente e da comunidade em geral. Essa não é a primeira reportagem postada neste Blog que enfatiza essa maneira de fazer educação, e essa idéia de procurar o aluno e sua família para evitar a evasão escolar vem mostrando que dá certo. E m minha opinião um profissional na escola para ir até o aluno, saber o motivo pelo qual ele não está indo as aulas deveria ser obrigatório. Se esta dando um bom resultado, porque não investir?

Educação pública de qualidade faz escola particular fechar as portas na Bahia 
Situação ocorre na cidade de Licínio de Almeida, no sudoeste do estado.
Instituição municipal recebeu melhor nota do IDEB pelo MEC.


A única escola particular da cidade de Licínio de Almeida, no sudoeste da Bahia, fechou as portas porque os alunos mudaram para uma unidade da rede pública de ensino.
A escola municipal Pingo de Gente foi avaliada pelo MEC como a melhor escola pública municipal da Bahia. A instituição recebeu nota 6,7 do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). O município baiano, que tem 12 mil habitantes, possui 2.500 alunos no ensino fundamental.
O índice de evasão escolar na rede municipal de ensino não chega a 2%. Caso a criança deixe de frequentar por dois dias seguidos sem justificativa, no terceiro a escola procura saber o motivo. Para a instituição, é importante saber o que está acontecendo com o aluno. “Nem sempre é o professor. Na maioria das vezes é a coordenadora, até a diretora vai [atrás do aluno]”, relata a professora Raquel dos Santos.
 Para a diretora da instituição, Matilde Pacheco, há uma preocupação com o conteúdo para ser aproveitado na série seguinte. “Tem uma preocupação em relação aos conteúdos que o aluno têm que ter durante o ano para dar continuidade na série seguinte”, conta. Na escola, as turmas da alfabetização terminam o primeiro ano escrevendo e lendo.
Segundo o prefeito da cidade, Alan Lacerda, o município faz o que é garantido na constituição e o envolvimento da comunidade é fundamental para ter qualidade no aprendizado.
Os professores da escola municipal Pingo de Gente têm nível superior para trabalhar 20h por semana, ganham um salário médio de R$ 1.400.
“O que nós estamos fazendo é a nossa obrigação. Nós gastamos o que manda a Constituição na Educação, os 25% dos nossos recursos. Nós estabelecemos grandes parcerias que buscam melhorar a nossa qualidade a cada dia e mais do que isso, envolvemos a nossa população como elemento vital para o desenvolvimento da nossa comunidade, da nossa cidade e das nossas crianças”, comemora o prefeito.


Visitado em 23/04/2014 às 20:04 h

segunda-feira, 21 de abril de 2014

O papel do professor é importante para o envolvimento do aluno no conteúdo, não basta só ler o conteúdo tem que integrá-lo na realidade dos alunos para que eles sintam sua importância (da Ciência, da Matemática, História etc.) na sua vida e no seu cotidiano.





Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=3YQnE_XiZto
Visitado em 21/04/2014 às 11:00 h
A qualidade da educação básica pública Brasileira ainda tem muito que melhorar, mas estamos no caminho certo.
Se compararmos o compromisso do governo com a educação básica dos anos 90, com os anos 2000 podemos observar boas mudanças, apesar de estar aquém do ideal um passo a frente é melhor que não ir a lugar algum. Mas não devemos parar de cobrar a excelência educacional, afinal só se constrói um bom país com uma boa educação.

O que mudou nos últimos 25 anos na educação e NOVA ESCOLA do Brasil.
De 1986 aos dias atuais, nossa Educação se transformou: a universalização do ensino foi praticamente garantida, os investimentos aumentaram e a formação docente evoluiu. No entanto, há muito a fazer para garantir um bom ensino. Agora, é a vez de alcançar a qualidade
Ao longo desses 25 anos - em que tivemos seis presidentes da República e 12 ministros da Educação - os marcos legais que contribuíram para as mudanças no setor foram registrados nas edições de NOVA ESCOLA, como a Constituição de 1988 e a LDB. No índice de matérias abaixo, você verá em detalhes de que forma essas e outras medidas impactaram nossa Educação. São 11 reportagens sobre:
Acesso e qualidade Após a garantia da universalização do Ensino Fundamental, os desafios agora são buscar um ensino eficiente e diminuir os índices de evasão e a repetência.
Educação rural Houve avanços na legislação. Os efeitos disso na escola ainda não são sentidos.
Financiamento e salário Investimentos aumentaram com a criação do Fundef e, mais tarde, do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), mas ainda é pequeno o impacto na qualidade da Educação.
Educação de Jovens e Adultos (EJA) Os recursos para essa modalidade de ensino aumentaram, mas é essencial proporcionar aos alunos um ensino voltado às suas necessidades específicas.
Carreira e formação A exigência de diploma de nível superior para lecionar trouxe uma valorização à profissão, mas os cursos de Pedagogia e Licenciatura são fracos e a atratividade da carreira ainda é baixa.
Educação indígena A formação de professores índios avançou, mas eles precisam ter acesso a uma melhor capacitação.
Infraestrutura O país assistiu ao aumento nos investimentos em transporte escolar e ao salto no número de instituições informatizadas, além da garantia de merenda para quase todas as crianças. Contudo, ainda existem escolas sucateadas e sem água encanada.
Tecnologia A informática se tornou parte do cotidiano da sociedade, mas a escola ainda não encontrou o caminho correto para seu uso.
Educação Infantil São positivas as mudanças na concepção de atendimento aos pequenos. Problemas na formação dos educadores e o déficit de vagas na área, porém, persistem.
Gestão escolar A função do diretor passou de burocrata a gestor da aprendizagem. A prática, contudo, ainda não é realidade em todas as escolas.
Inclusão As crianças com deficiência chegaram à rede pública. O desafio agora é fazê-las aprender.

As reportagens sobre o balanço de cada uma dessas áreas são acompanhadas de uma linha do tempo com os fatos mais relevantes e a repercussão deles em NOVA ESCOLA aos longo das últimas décadas. O resultado é um verdadeiro retrato da Educação brasileira no último quarto de século. Um retrato do qual também somos parte.

AS MUDANÇAS QUE OCORRERAM AO LONGO DOS ANOS
Nesses 25 anos, NOVA ESCOLA registrou as tendências pelas quais passou o trabalho do professor. Muitas das práticas que hoje, graças a pesquisas didáticas, são consideradas inadmissíveis foram recorrentes nas escolas e valorizadas pela revista. Os exemplos abaixo demonstram como o conhecimento é provisório.

- De 1986 até meados dos anos 1990, uma característica marcante do nosso ensino - retratada nas reportagens - foi a valorização do 'aprender brincando'. Dentro dessa perspectiva, o objetivo era realizar atividades que divertissem os alunos, como jogos, só que sem objetivos específicos. Os conteúdos aprendidos (se é que se aprendia algo) não eram valorizados.

- O Aluno Aprende. É Só Você Parar de Ensinar: esse foi o título de uma reportagem de NOVA ESCOLA de 1987. Era um reflexo da má compreensão das propostas construtivistas - baseadas nas ideias de Jean Piaget (1896-1980) - que se popularizavam por aqui. A aprendizagem era encarada como algo espontâneo. Com o tempo, ficou claro que o professor tem um papel fundamental no processo.

- Concepção repetida à exaustão por professores - e por NOVA ESCOLA - durante os anos 1990: "Para ensinar a turma, é preciso desenvolver projetos criativos". Quanto mais diferente fosse o passo a passo da atividade, melhores seriam os resultados. Valia tudo: até usar a mitologia grega para ensinar à turma conteúdos de Matemática.

- No começo dos anos 2000, se tornaram recorrentes os projetos com foco em meio ambiente. As crianças eram incentivadas a entregar panfletos, coletar lixo reciclável e utilizar a sucata para fazer brinquedos (que logo retornavam ao lixo). A intenção era conscientizá-las por meio dessas ações. Na prática, recolher lixo na praça não ensinava e só ajudava a resolver um problema imediato.

Num passado ainda recente, há cerca de 25 anos, nossa Educação reunia índices alarmantes: apenas 80% dos brasileiros em idade escolar estavam matriculados na escola. A Educação Infantil pública praticamente não existia e milhões de crianças com até 7 anos de idade eram privadas de estudar. Cerca de 20% das que tinham entre 10 e 14 anos eram analfabetas. A situação não era melhor quando se analisava o Magistério: muitos professores ganhavam um salário irrisório (em valores atualizados, não chegava a 50 reais). Em algumas regiões, o número de leigos - sem curso específico para lecionar - passava dos 50%. Não havia um Plano Nacional de Educação e sistemas de avaliação externa que balizassem a busca por um ensino de qualidade.

Ciente desse quadro desastroso e interessado na sua transformação, o fundador da Editora Abril, Victor Civita (1907-1990), decidiu criar uma revista para ajudar os professores a ensinar todos os alunos. Foi assim, em março de 1986, que nasceu NOVA ESCOLA. Na edição de lançamento, um editorial de seu Victor, como ele era conhecido, apresentou os objetivos que inspiraram a publicação: "Fornecer à professora informações necessárias a um melhor desempenho de seu trabalho; valorizá-la; resgatar seu prestígio e liderança junto à comunidade; integrá-la ao processo de mudança que ora se verifica no país; e propiciar uma troca de experiências e conhecimentos entre todas as professoras brasileiras de 1º grau".

Vinte e cinco anos se passaram. Nesse período, a revista cumpriu essa missão, sempre se modernizando e acompanhando as tendências e as pesquisas na área. Ao analisar o conjunto de 239 edições, é possível constatar a evolução de nossa Educação em diversos setores. Porém, em todos eles, percebe-se que há muito a avançar.
Como pontos positivos, podemos destacar o orçamento atual do Ministério da Educação (MEC), que é o dobro de duas décadas atrás. Com um montante maior de recursos, o acesso foi garantido: apenas 2,4% das crianças e jovens de 7 a 14 anos estão fora das salas de aula. Na pré-escola, o atendimento das crianças de 4 e 5 anos ultrapassa 81%. A taxa de analfabetismo entre os que têm de 10 a 14 anos baixou para 2,5%.

Por outro lado, o trabalho que o país tem para as próximas décadas ainda é imenso. Estudos mostram que é preciso dobrar os investimentos por aluno. A infraestrutura, em muitos casos, é precária: há escolas sem biblioteca, computadores, internet e até banheiro e água encanada. Na Educação Infantil, o problema é sério: somente 18% das crianças com até 3 anos de idade estão matriculadas na creche. E ainda convivemos com um vergonhoso número de analfabetos: 14,1 milhões. 

No que se refere especificamente à carreira docente, a situação não é diferente. É inegável o avanço na formação dos professores, porém até hoje há 30% deles sem diploma de nível superior - o que já era defendido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de 1996. O salário melhorou, com a conquista de um piso nacional de 1.024 reais. Porém essa remuneração ainda é baixa quando comparada à de outras profissões de mesmo nível - isso, somado às péssimas condições de trabalho, transformou a carreira em uma das menos atrativas para os jovens. 

Felizmente, a Educação tem se tornado um tema cada vez mais relevante, entrando nas pautas de discussão de diversos setores da sociedade. Hoje é consenso que sem um bom ensino o país não avança. A criação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e as avaliações externas, como o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), têm fornecido índices que retratam os níveis de escolas e sistemas de ensino. Falta estreitar a relação entre o que é avaliado e o currículo para que haja impacto na aprendizagem. Além disso, no início deste ano, um novo Plano Nacional de Educação deve entrar na pauta do Congresso. Se tudo der certo, teremos definidas metas, percentuais de investimentos em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) e os responsáveis por cada objetivo - que não podem ficar só no papel.

Disponível em:

Visitado em:21/04/2014 às 10:32

terça-feira, 15 de abril de 2014

MP vai monitorar educação básica de 43 municípios brasileiros

  • Objetivo é oferecer soluções aos problemas identificados


BRASÍLIA - O Ministério Público (MP) vai acompanhar de perto a situação do ensino público de 43 municípios brasileiros. O objetivo é fazer um diagnóstico da educação básica nessas cidades. A partir dos problemas identificados, integrantes do MP poderão recomendar soluções às autoridades municipais e estaduais na área da educação. A medida faz parte do projeto Ministério Público pela Educação (MPEduc), lançado nesta terça-feira em Brasília. Entre as cidades monitoradas está o Rio de Janeiro.
Segundo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o projeto permitirá atuar de forma preventiva, identificando os problemas e encaminhando uma solução, sem a necessidade de recorrer á Justiça. Participam do projeto tanto o Ministério Público Federal (MPF) quanto o Ministério Público dos estados.
- O Ministério Pública mostra que pode atuar não só de forma repressiva, mas de forma a prevenir e a orientar o gestor público à boa e profissional utilização dos recursos públicos - diz Janot.
- Quando o gestor é orientado devidamente, quando lhe é dado um diagnóstico do que realmente está acertando, ou do que poderia fazer melhor, esse tipo de leitura só favorece, faz com os resultados sejam mais visíveis no curto prazo - concorda o vice-presidente nacional da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), e secretário de educação de Tabuleiro do Norte (CE), Alessio Costa Lima.
O MPEduc já começou a funcionar, como projeto piloto, em oito municípios. Entre eles Belford Roxo e Seropédica, na região metropolitana do Rio, e Vassouras, no Sul Fluminense. A lista ainda inclui Cocalzinho (GO), Santana do Mundaú (AL), Guaíra (PR), Oiapoque (AP) e Alto Alegre (RR).
Segundo a procuradora da República no Rio de Janeiro e gerente do MPEduc, Maria Cristina Cordeiro, a adesão ao programa se dá por iniciativa do promotor que atua naquele município. São analisados vários aspectos da educação básica da cidade, como estrutura física, aspectos pedagógicos, alimentação escolar e transporte escolar.
- Em Seropédica, após ter feito todo esse diagnóstico, nós expedimos 19 recomendações. E tivemos a felicidade de saber que quase todas elas foram atendidas. E as que não foram estão a caminho de ser. Já tivemos escolas reformadas. Já tivemos um comitê formado pela secretaria onde eles estão redigindo os regimentos internos de cada escola, com as infrações disciplinares dos alunos. Inscreveram todos os professores em programas de capacitação que o FNDE oferece. Implantação de bibliotecas escolares. Enfim, vários aspectos que foram melhorados e ainda vão ser melhorados - afirma Maria Cristina.
Especialistas na área de educação destacam que é preciso melhorar a gestão da educação no Brasil. Assim, mesmo que a iniciativa do Ministério Público gere soluções para os problemas, ainda é preciso levar em conta a efetivação dessas medidas pelos gestores da educação. Priscila Cruz, diretora-executiva do Todos Pela Educação, um movimento da sociedade civil que tem por objetivo assegurar o direito à educação, lembra que não basta ter recursos: é preciso também uma gestão de qualidade.
- Quando a gente olha os países que participam do Pisa, o Brasil é que o investe menos por aluno. Mas nem sempre a solução está em mais recursos. O exemplo do Ensino Médio em matemática: o investimento per capita no Ensino Médio dobrou nos últimos dez anos, e o resultado em matemática ficou estagnado no mesmo período - avalia Priscila Cruz.
- Os maiores problemas são, infelizmente, da corrupção, má gestão e descontinuidade administrativa - corrobora a procuradora Maria Cristina Cordeiro.
O juiz auxiliar do Supremo Tribunal Federal (STF), juiz licenciado da Vara da Infância e da Juventude de Campinas, e integrante do movimento Compromisso Campinas pela Educação, Richard Pae Kim, tem opinião semelhante.
- Nós sabemos que há localidades que têm tantas dificuldades financeiras como outras. Temos pequenos municípios que conseguem fazer gestão adequada, que têm um diálogo bom com o conselho municipal da educação, que conseguem fazer um adequado controle das receitas públicas, que não recebem apenas as subvenções estaduais e federais, mas que sabem elaborar projetos, que levam esses projetos às instâncias federais, que conseguem trazer dinheiro do Ministério da Educação, que conseguem trazer programas, dinheiro de programas federais. Tudo depende efetivamente dos gestores. Temos observado que o grande problema do país é a gestão - diz Richard Pae Kim.
Assim como Janot, Priscila Cruz destaca que o MP deve agir preventivamente, e não apenas repressivamente, para garantir o acesso à educação. Ela comparou o caso à questão ambiental: é melhor evitar que a floresta seja devastada, do que, uma vez destruída a mata, o MP acionar judicialmente o responsável pelo desmatamento. Segundo Priscila, o MPEduc pode ser especialmente útil nos municípios em que houve queda na nota do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb)
- Em 18% dos municípios houve queda do Ideb do Fundamental 2 (6º ao 9º ano). Então, você vê que, mesmo avançando de um modo geral no Brasil, ainda que lentamente, tem municípios andando para trás. Então eu acho que o Ministério Público tem que olhar esses municípios que estão com dificuldade para avançar, e alguns deles retrocedendo - opina Priscila.
Alessio Costa Lima, da Undime, diz que é preciso avançar tanto no volume de recursos destinados à educação quanto na capacitação dos profissionais da área.
- Temos que investir nas duas frentes: de um lado cuidar para que os gestores estejam mais capacitados e aplicar melhor os recursos. Pelo outro lado, é preciso que se façam os investimentos mínimos necessários.

Disponível em:

http://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/mp-vai-monitorar-educacao-basica-de-43-municipios-brasileiros-12132626

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/mp-vai-monitorar-educacao-basica-de-43-municipios-brasileiros-12132626#ixzz2yyviKe1p 
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Existem muitas irregularidades na gestão das verbas publicas, principalmente na educação, as consequências são ensino publico defasado e alunos e professores desmotivados.


Esse vídeo mostra o contraste em educação publica precária e publica de qualidade.
Se existe esse contraste no nosso país é porque "alguém" não estar fazendo o seu papel corretamente, pois o certo seria educação publica de qualidade no Brasil inteiro.

Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=WPcqmyMBYP8