terça-feira, 28 de maio de 2013

ARTIGO - LIPÍDIOS

 LIPÍDIOS
As gorduras (lipídios) são substâncias abundantes em animais e vegetais, oleosas, insolúveis em água e não voláteis. Compreendem os óleos, as gorduras e outras substâncias semelhantes. Desempenham funções importantes como transportar e armazenar as vitaminas lipossolúveis (A, D, E,e K). 


As gorduras fornecem elementos essenciais para a formação de células do sistema imunológico, são constituintes das membranas das células e reduzem a perda de calor no organismo, funcionando como isolante térmico. Além disso, a gordura serve como fonte eficiente de energia quando armazenada no tecido adiposo. 

O teor de gordura do tecido nervoso é particularmente elevado. Modulam ainda os níveis sanguíneos de testosterona e outros hormônios sexuais, que também desempenham papel na hipertrofia muscular. A maioria dos lipídios é derivada ou possui em sua estrutura ácidos graxos. Esses são a maior fonte de energia para o tecido muscular, mesmo quando a glicose está disponível. Também são considerados lipídios os triglicerídeos, lipídios compostos, esteróis e lipídios sintéticos. 

Quanto à extensão da cadeia, os ácidos graxos classificam-se em:

- Ácidos graxos de cadeia curta: com 4 a 8 átomos de carbono. 
Ex: gorduras de laticínios 

- Ácidos graxos de cadeia média: de 8 a 12 carbonos. 
Ex: óleo de coco e de palmeira

- Ácidos graxos de cadeia longa: mais de 12 átomos de carbono. 
Ex: muitos tipos de gorduras de origem animal.

 A existência ou não de duplas ligações na cadeia determina o grau de saturação do ácido graxo em: 


- Saturado: nenhuma dupla ligação
- Insaturado: com uma ou mais duplas ligações. Este ainda se subdivide em:
 - Monoinsaturados: com apenas uma dupla ligação
- Poli-insaturados: contém duas ou mais duplas ligações


FIGURA  – ÁCIDOS GRAXOS

FONTE: Disponível em: Acesso em: dia  mês. ano.

A ênfase dada aos ácidos graxos poli-insaturados ocorre devido ao fato do organismo humano não poder sintetizá-lo. As duas classes de ácidos poli-insaturados essenciais são o ômega-6 (ácido linoleico) e o ômega-3 (ácido linolênico e derivados). O ácido linoleico é comum no reino vegetal, especialmente em sementes vegetais, enquanto que o linolênico e derivados podem ser encontrados em folhas, em poucas sementes oleaginosas, mas principalmente em peixe de águas geladas de grande profundidade.
Em resumo, existem quatro tipos de gorduras nos 
alimentos, todas fornecendo 9 Kcal por grama, mas com atuações diferentes:
- Gorduras saturadas: estão presentes naturalmente nos alimentos de origem animal (carnes, leite integral, manteiga, creme de leite, iogurte integral, queijos amarelos, bacon), azeite de dendê, coco, óleo de coco e banha;

- Gorduras poli-insaturadas: estão presentes na maioria dos óleos vegetais e margarinas;

- Gorduras monoinsaturadas: encontram-se no azeite de oliva extravirgem e processado a frio, óleo de canola, abacate, nozes, castanhas e sementes (linhaça, girassol, abóbora, gergelim);

 - Gorduras "trans"/hidrogenadas: são produzidas artificialmente e adicionadas à maioria dos produtos industrializados. 

As gorduras saturadas e hidrogenadas têm ação semelhante e não são saudáveis. “Entopem” artérias, elevam o colesterol e os triglicérides do sangue. No planejamento de uma alimentação saudável devem estar numa proporção abaixo de 7% do valor calórico total diário. As gorduras poli-insaturadas e as monoinsaturadas são benéficas. As poli-insaturadas devem estar numa proporção abaixo de 10% do valor calórico total diário e as monoinsaturadas, acima de 10%. 

As gorduras monoinsaturadas têm a vantagem de proteger as artérias, aumentar o "bom" colesterol (HDL-Colesterol) e diminuir o colesterol "ruim" (LDL - Colesterol). Sabe-se que quase todos os lipídios da dieta são absorvidos da mucosa intestinal para o sistema linfático, exceto os ácidos graxos de cadeia média, que são absorvidos diretamente para circulação portal. 

O transporte para a linfa ocorre por meio dos quilomícrons (são as lipoproteínas sintetizadas pelas células intestinais, contendo cerca de 70% de triglicerídeos, fosfolipídios, colesterol e seus ésteres) com uma pequena quantidade de proteínas (MONTEIRO & ROSADO, 1993; SCHAUF, MOFFET & MOFFETT, 1993; KATCH & McARDLE, 1996; McARDLE, KATCH & KATCH, 1998).

As lipoproteínas A e B são absorvidas para sua superfície externa e conduzidas pelo sangue venoso para o fígado ou removidas para o tecido adiposo. No fígado, os lipídios podem ser metabolizados, armazenados ou convertidos a lipoproteínas que são transportadas no sangue para os tecidos.
As lipoproteínas são classificadas em quatro tipos:
Quilomícrons:
- Alfalipoproteínas ou HDL (high density lipoprotein) ou LAD (lipoproteína de alta densidade): contêm mais proteína e menor quantidade de colesterol e triglicerídeos. Atua “retirando” o colesterol da circulação. Seus níveis aumentados estão relacionados com o menor risco de doenças cardiovasculares.

- Betalipoproteínas ou LDL (low density lipoprotein) ou LBD (lipoproteína de baixa densidade): contêm mais colesterol e triglicerídeos do que proteínas. É a principal transportadora de colesterol e seus níveis aumentados no sangue aumentam o risco de doenças cardiovasculares.

- Prebetalipoproteínas ou VLDL (very low density lipoprotein) ou LMBD (lipoproteína de muito baixa densidade) contêm mais triglicerídeos do que colesterol.

A alta densidade da HDL tem uma ação protetora na aterosclerose. Estudos comprovam que estas lipoproteínas removem colesterol sérico para o fígado antes que eles se depositem nas artérias.  
 
 
 
Hormônios estão envolvidos no metabolismo dos lipídios:
- Insulina: aumenta a lipogênese e inibe lipólise pelo tecido adiposo, o que também reduz a ação da lípase hormônio sensível;
- Tiroxina: aumenta a taxa de metabolismo celular e, portanto, a mobilização de gordura;
- Glicocorticoide: aumenta a taxa de mobilização de gordura por majorar a permeabilidade da membrana celular adiposa;
- Epinefrina/Norepinefrina/Adrenocorticoides: aumentam a mobilização de gordura por estimular a atividade da lípase hormônio sensível;
- Hormônio do crescimento: tem efeito lipolítico.
 
O avanço da ciência propiciou uma série de mudanças e o surgimento de uma análise diferenciada dos lipídios em todo aporte calórico do indivíduo. Uma busca incansável tenta definir da melhor forma possível as cotas dietéticas consideradas ideais.


Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado
 
http://www.portaleducacao.com.br/nutricao/artigos/12550/lipidios#ixzz2UcKVVynw

Lipídios

quinta-feira, 23 de maio de 2013

ENZIMAS


ENZIMAS


CONCEITOS GERAIS E FUNÇÕES

            As enzimas são proteínas especializadas na catálise de reações biológicas. Elas estão entre as biomoléculas mais notáveis devido a sua extraordinária especificidade e poder catalítico, que são muito superiores aos dos catalisadores produzidos pelo homem. Praticamente todas as reações que caracterizam o metabolismo celular são catalisadas por enzimas.
            Como catalisadores celulares extremamente poderosos, as enzimas aceleram a velocidade de uma reação, sem no entanto participar dela como reagente ou produto.
         As enzimas atuam ainda como reguladoras deste conjunto complexo de reações.
       As enzimas são, portanto, consideradas as unidades funcionais do metabolismo celular.
NOMENCLATURA DAS ENZIMAS

            Existem 3 métodos para nomenclatura enzimática:
            - Nome Recomendado:  Mais curto e utilizado no dia a dia de quem trabalha com enzimas; Utiliza o sufixo "ase" para caracterizar a enzima. Exs: Urease, Hexoquinase, Peptidase, etc.
            - Nome Sistemático: Mais complexo, nos dá informações precisas sobre a função metabólica da enzima. Ex: ATP-Glicose-Fosfo-Transferase
            - Nome Usual : Consagrados pelo uso; Exs: Tripsina, Pepsina, Ptialina.



terça-feira, 21 de maio de 2013

PROTEÍNAS



                Proteína

A proteína é uma macromolécula formada por pequenas moléculas (menor parte divisível de uma substância) de aminoácido, ela é formada por no mínimo três aminoácidos.

Funções das proteínas 

Elas desempenham um papel muito importante em nosso organismo, pois fornecem material tanto para a construção como para a manutenção de todos os nossos órgãos e tecidos.
As proteínas podem ser de origem vegetal ou animal. No caso das primeiras, elas são consideradas incompletas por serem pobres em variedade de aminoácidos essenciais (aqueles que o corpo não é capaz de produzir). Já a proteína de origem animal, é considerada completa por conter todos os aminoácidos essenciais.
Como já foi citado anteriormente, as proteínas são de extrema importância para o nosso organismo por sua função construtora e reparadora. Elas também participam da formação de hormônios, enzimas e anticorpos. Com estes poucos exemplos, já se pode ter uma idéia do quanto elas são indispensáveis ao nosso organismo.
Quando ingerimos proteínas, elas são quebradas durante o processo de digestão, e posteriormente, absorvidas pelas nossas células, que novamente as quebram, transformando-as em aminoácidos. Estes aminoácidos serão utilizados pelo nosso corpo onde eles forem mais necessários.
Por exemplo, se a pele de uma pessoa estiver em desequilíbrio pela falta de aminoácidos, os alimentos ricos em proteínas e a ingestão devida de água serão benéficos para a sua recuperação. Isso vale não somente para a pele, mas para todo o corpo, pois, como vimos, os aminoácidos são construtores
e reparadores.


                   ALIMENTOS RICOS EM PROTEÍNAS


Aminoácidos, Proteínas e Enzimas.


                        Estrutura dos aminoácidos

Os aminoácidos são os produtos gerados ao se hidrolisar as proteínas mediante enzimas, ácidos ou álcalis. Ainda que existam na natureza mais de duzentos aminoácidos, somente encontram-se 20 tipos nas proteínas animais e 10 são necessários nas dietas destinadas a humanos. Os aminoácidos
variam em tamanho, forma, carga, capacidade de formação de pontes de hidrogênio e reatividade química. A notável gama de funções exercidas pelas proteínas é originada pela diversidade e a versatilidade desses 20 tipos de blocos de construção.


                  
                 Estrutura geral de um α - aminoácido


Um a-aminoácido é um ácido orgânico formado de um grupamento nitrogenado básico, que é uma amina (-NH2), um grupamento carboxila(-COOH), um átomo de hidrogênio e uma cadeia lateral ou radical, R, ligados a um átomo de carbono, chamado carbono-α por ser o adjacente ao grupamento carboxila (Figura 1.1). O radical que se liga ao carbono a pode ser desde um simples átomo de hidrogênio, como na glicina, até compostos aromáticos ou alifáticos.

               Propriedades dos aminoácidos

A presença de grupamentos amina e carboxila confere aos aminoácidos um caráter anfótero, ou seja, possuem propriedades ácidas e básicas.
As moléculas que apresentam este tipo de característica, podem se encon-trar como moléculas sem carga, como íons bipolares com cargas iônicascontrárias ou em misturas com ambos estes tipos. Em solução de pH neutro os aminoácidos estão predominantemente na forma de íons dipolares ou
zwitterion, em vez de moléculas não-ionizadas. Na forma dipolar, o grupamento amino está protonado( -NH3+ ) e a carboxila dissociada (-COO-).Para cada aminoácido existe um valor de pH no qual ele é eletricamente neutro; esse valor é chamado de ponto isoelétrico. Para a glicina, por exemplo, o ponto médio da primeira ionização acontece quando o pH é 2,3 e da amina é 9,6; isto significa que na glicina o pK da carboxila é 2,3 e o da amina 9,6.Sete dos 20 aminoácidos têm cadeias laterais facilmente ionizáveis.
O arranjo tetraédrico dos quatro grupamentos diferentes em torno do carbono a confere atividade ótica aos aminoácidos. As duas imagens especularessão chamadas de isômeros L e D, sendo que só os aminoácidos L sãoconstituintes das proteínas e as enzimas proteolíticas animais atacam apenasas ligações que apresentam esta mesma configuração. A configuração
é determinada em relação com o D-gliceraldeído, utilizado como substânciapadrão. Dos 20 aminoácidos a glicina é especial por ser opticamente inativa.